A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, foi uma das primeiras a chegar ao Palácio da Guanabara, sede do governo do Estado do Rio, para o debate em torno da segurança pública fluminense. Também estavam lá, recebidos pelo anfitrião Cláudio Castro, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado; de Santa Catarina, Jorginho Mello; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; Romeu Zema, de Minas Gerais; Ratinho Júnior, do Paraná; e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul. Tarcísio de Freitas, de São Paulo, participou por videoconferência. Todos ofereceram algum tipo de colaboração. Caiado, por exemplo, prontificou-se a enviar policiais para garantir o patrulhamento das zonas não conflagradas da cidade, liberando as tropas do Rio de Janeiro, mais treinadas, para o combate direto às organizações criminosas.
Lembrando Roriz
Não por acaso, logo antes de embarcar para o Rio de Janeiro, Celina prestou uma homenagem ao falecido Joaquim Roriz. Disse que, mesmo quem não votou nele, hoje reconhece seus méritos, a começar pela humildade e pelo acolhimento da população de baixa renda. Lembrou que foi ele quem acabou com as favelas no Distrito Federal, transformando-as em cidades. Citou as invasões da Asa Norte, que deram origem a Samambaia, e a Estrutural. Tudo isso para afirmar que o atual governo, do qual faz parte, segue os princípios de Roriz, exemplificados na transformação do Sol Nascente na mais nova cidade brasiliense.
Ou soma, ou suma
Antes do encontro com os demais governadores, Cláudio Castro avisou que as negociações não constituem batalha política. “Quem vier para somar, será bem-vindo. A quem vier fazer confusão e politicagem, nosso recado é: sumam. A população quer viver a vida como ela é.” Concluiu dizendo: “Queremos resultado, não ficar respondendo a mensagem política”. A fala foi uma resposta indireta ao presidente Lula, que enviou para o Rio ministros como Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos.
Apoio ao Rio de Janeiro

Durante visita ao Autódromo Nelson Piquet, o governador Ibaneis Rocha foi questionado sobre a ajuda oferecida ao governador do Rio, Cláudio Castro, após a operação policial realizada na capital fluminense. Ele afirmou ter se colocado à disposição, mas destacou que a estrutura de combate ao crime organizado nas favelas cariocas é diferente da realidade de Brasília. Ibaneis lamentou a violência enfrentada pelos moradores do Rio e defendeu uma ação conjunta entre os governos estaduais e o federal. “Não adianta pensar que o problema está restrito ao Rio de Janeiro. Quando se aperta de um lado, o crime se desloca para outras regiões. Por isso, é preciso unir forças e reforçar o trabalho de fronteira, portos e aeroportos para enfrentar o tráfico e proteger nossos jovens”, afirmou o governador.