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Do Alto da Torre
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Bia Kicis chega a 11 ações contra a mídia

As ações têm como objeto reportagens, matérias e posts sobre a conduta da parlamentar compartilhados em redes sociais de jornalistas

Eduardo Brito

18/11/2024 23h55

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) pediu retirada de conteúdo em tutela provisória ao menos seis vezes, além de mover outros cinco processos na esfera criminal contra profissionais, veículos de imprensa ou usuários de redes sociais.

As ações têm como objeto reportagens, matérias e posts sobre a conduta da parlamentar compartilhados em redes sociais de jornalistas.

Em levantamento exclusivo, Karen Yui Sagawa, da equipe Abraji, encontrou 46 processos envolvendo retirada de conteúdo, alegações de injúria e difamação e pedidos de retratação, movidos por sete políticos da base governista. Dentre eles, se destacam o ex-ministro Abraham Weintraub, com 11, e o deputado estadual Gil Diniz (sem partido), com oito.

Outros nove nomes foram pesquisados. Kicis processou as revistas Veja, Época e Crusoé, além do UOL e da agência de checagem Aos Fatos. O jornalista Gustavo Noblat, da Jovem Pan, o comunicador Fernando Souza, dono da página brasiliense Realidade do Povo, e o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) foram intimados a prestar esclarecimentos na esfera criminal por postar matérias jornalísticas e opiniões em suas redes sociais.

Em seis das 11 ações, Kicis é representada por Bernardo Pereira Perdigão, seu secretário parlamentar, que também é advogado. Ele recebe R$ 5,2 mil por mês no cargo comissionado. O Estadão havia identificado, em 2019, pagamentos da Câmara dos Deputados para 11 escritórios de advocacia ligados ao PSL.

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