A deputada brasiliense Bia Kicis (foto), sempre ela, acha que não ficará por isso mesmo a decisão do ministro Dias Toffoli de anular — anular — toda a condenação, todo o processo do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato.
Anulou tudo, tudo: um a um, os condenados, os corruptos, aqueles réus confessos que roubaram, desviaram milhões, bilhões, que deram dinheiro a partidos políticos, a políticos, ao Petrolão, ao Mensalão.
Tudo está sendo desmanchado pelo Ministro Dias Toffoli.
“Agora, se alguém acha que isso vai ficar assim, que vai ficar barato, é bom saber que os Estados Unidos lançaram mão, agora, da Seção 301, que é uma ferramenta que eles utilizam contra países cujas instituições deixam de combater a corrupção. Isso afeta, obviamente, também os contratos feitos com empresas americanas”, explicou Bia Kicis.
O Brasil, deixando de fiscalizar e de punir a corrupção, será considerado cúmplice da corrupção e é o Brasil que será investigado.
“Nós estamos sendo jogados no fundo do poço e nos tornando internacionalmente verdadeiros párias”, exagerou.
Se, de fato, houve excessos na Lava-Jato, eles poderiam ter sido corrigidos.
“O que estão fazendo”, completou Bia, “é destruir o movimento que deu ao brasileiro a ilusão e a esperança de que os corruptos seriam julgados, seriam condenados e presos neste País. Mas hoje a gente sabe que isso não acontece mais”.