Como previa seu presidente Chico Vigilante, a CPI dos atos antidemocráticos da Câmara Legislativa encerrou os trabalhos com um relatório paralelo – que não partiu da ala bolsonarista, mas de Fábio Félix do PSOL – mas aprovou o relatório final com ampla maioria de votos.
O suplente Gabriel Magno queria a votação de destaques para indiciar o ex-ministro Anderson Torres, uma série de oficiais da Polícia Militar, previsivelmente o ex-presidente Jair Bolsonaro e até o governador Ibaneis Rocha. Prevaleceu a postura de discutir apenas destaques para retirar citações, não para incluir.
Magno, aliás, também queria retirar o general Gonçalves Dias, parceiro do presidente Lula, que constava do relatório. Sem essa votação, Fábio Félix apresentou seu relatório paralelo, que incluía Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro Augusto Heleno.
Houve o esperado bate-boca, envolvendo principalmente Félix, de um lado, e Paula Belmonte, Roriz Neto e o pastor Daniel de Castro, de outro. Prevaleceu o texto original, com direito até – isso sim foi surpresa – de um pedido de reajuste das forças de segurança.
O maior ganho da CPI da Câmara Legislativa, porém, não constava do relatório. Estava no reconhecimento, feito por outra comissão de inquérito, a CPMI do 8 de janeiro, do Congresso Nacional, da importância das investigações conduzidas a nível distrital.
As revelações que surgiram nos depoimentos e nos depoimentos levantados pela CPI da Câmara, em especial na ação das forças de segurança locais foram apontadas, no Congresso, como contribuições de importância para o conjunto de descobertas feitas em todo esse processo.