Se a oposição vinha criticando a presença do ditador venezuelano Nicolas Maduro no Brasil, especialmente depois das referências do presidente Lula à “narrativa hostil”, a agressão à repórter global Délis Ortiz por um guarda-costas dele disparou críticas ainda mais violentas.
Até petistas entraram no clima. Na Câmara Legislativa, o distrital Chico Vigilante reagiu: “fui entrevistado por ela várias vezes e sei da seriedade do seu trabalho junto à população, agora, o governo tem a obrigação de investigar e punir os responsáveis pela agressão cometida ontem contra Delis”.
No Congresso, a cobrança foi mais forte. A senadora brasiliense Damares Alves formalizou “voto de repúdio às agressões a jornalistas após cúpula de presidentes sul-americanos”, dizendo que, se não houver responsabilização, “cria-se o que chamamos de ciclo de violência, um ciclo de impunidade em que os responsáveis sentem que podem agir sem consequências e que vemos como um convite aberto para atacar jornalistas”.
O mineiro Cleitinho cobrou que Maduro saia logo do País, “e outra coisa: que pague a dívida que deve para o Brasil aqui, esses que o chamaram são bons de diálogo e ele disse que não pagou antes só por falta de diálogo”. O também senador Magno Malta foi ainda mais duro.
“Maduro traz os seus trogloditas e faz o que está acostumado a fazer no seu país: agredir as pessoas, colocá-las na condição de esfomeadas. E, quem se levanta contra o regime, paga um preço. Atendendo aos colegas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, avisou que manifestou expressamente “o nosso repúdio à agressão sofrida pela jornalista Delis Ortiz em, em um evento em que estavam presentes presidentes da República, e ela sofreu essa agressão, o que, evidentemente, precisará ser apurado”.