Georges Michel, de 83 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 26, em Brasília. Amigo pessoal de Leonel Brizola, a quem acompanhou desde os tempos de exílio, era uma referência no PDT, cuja seção brasiliense presidiu durante 30 anos.
Foi, inclusive, signatário da Carta de Lisboa, o documento de criação formal do partido que mais tarde se chamaria PDT, e participou ativamente da reorganização do trabalhismo no exílio, onde viveu entre 1970 e 1979 — foram três anos no Chile, três anos na Alemanha e três anos em Portugal.
Nesse tempo, Brizola sonhava em retomar a legenda do PTB, mas o governo militar da época pressionou e conseguiu que a Justiça Federal reconhecesse o direito da ex-deputada Ivete Vargas, colega de partido e rival de Brizola, a assumir o partido.
Até sua morte, foi presidente de honra do PDT brasiliense.