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Radiografia da PF: há bolsonaristas, antifas e lulistas na nova sede

Leandro Mazzini

13/09/2021 16h18

Foto: Agência Brasil

Quem circula pelos corredores do novo ‘Máscara Negra’ – a nova e envidraçada sede da Polícia Federal em Brasília – nota que a corporação (delegados e policiais, principalmente) está dividida nos perfis, o que não interfere – assim se espera – nas investigações.

Um veterano da turma do coldre comenta: nunca foi tão rachada.

Segundo conta, há os bolsonaristas antipetistas e os bolsonaristas anti-STF (que alegam inconstitucionalidade nas decisões monocráticas do ministro Alexandre Moraes). Existem também os petistas-antifas e os lulistas, apoiadores do ex-presidente Lula da Silva.

Recentemente, a PF passou um susto, que uniu delegados e policiais – duas classes que há décadas se estranham na corporação, lutando no Congresso por mais direitos. Um ‘jabuti’ (emenda num projeto sem qualquer ligação com o assunto discutido) foi incluído pelo relator da PEC da reforma administrativa.

O texto dava poderes ao diretor-geral (cargo de confiança do presidente da República) para escolher os delegados para cada inquérito. Isso quebraria a regra da corporação dos procedimentos legais da investigação, em que cada assunto é distribuído automaticamente para os delegados dos departamentos responsáveis.

O ‘jabuti’ caiu. E o caso foi visto como uma tentativa do Governo em controlar os inquéritos da PF.

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