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Esplanada
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PT recua na ação contra Moro ao descobrir projeto de Michelle

Leandro Mazzini

04/12/2023 9h53

Foto: Agência Brasil

Os entusiastas da base do presidente Lula da Silva que apostaram na cassação do senador Sergio Moro (União-PR) frearam as articulações ao descobrirem que Jair Bolsonaro pode lucrar. Enquanto o PL, partido do ex-presidente, aposta todas as fichas na ação que protocolou no TSE (Moro responde a outra, da coalização de Lula). O fato é que Michelle Bolsonaro pretende mudar seu domicílio eleitoral para o Paraná a tempo, caso se concretize a queda de Moro. E com potencial de ser eleita, a despeito da pré-candidatura de outro bolsonarista local, Paulo Martins – que deve ser aposta do PL para uma das vagas em 2026. Michelle eleita seria a grande vitória de Bolsonaro contra o Tribunal e os adversários. Não é coincidência a agenda do casal em evento para milhares de filiados do partido nos dias 15 e 16 em Curitiba. O PT retirou as testemunhas de acusação que iriam depor no TRE do Paraná e Moro pediu ao ex-deputado Deltan Dallagnol para não depor mais a favor dele. O senador depõe no TRE amanhã. 

 

Mira o eleitor

Charge por @izanio_charges

 

O que foi surpresa para todo o Brasil – um senador Rodrigo Pacheco sempre cauteloso nas palavras mudar seu tom, e logo contra o STF – para os próximos não é surpresa. Ele quer ser governador de Minas e mira o eleitor insatisfeito com ministros do Supremo. A moda eleitoral agora é criticar a Corte. Pacheco tem pesquisas em mãos e sabe o que diz.

 

Espelho da polarização

 

A capital fluminense, reduto de Jair Bolsonaro, vai reeditar a polarização entre ele e o presidente Lula da Silva, direita x centro-esquerda, a se confirmarem duas candidaturas à Prefeitura em 2024. De um lado, o prefeito Eduardo Paes (PSD), que deve ir à reeleição, com apoio do Barba. De outro, a novidade é o nome do delegado e hoje deputado federal Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, como candidato dos Bolsonaro. 

 

Mudo na linha

 

O chefe da Casa Civil, Rui Costa, telefonou várias vezes semana passada, sem sucesso, para o presidente da Câmara, Arthur Lira, durante a reunião de líderes. Costa queria pedir que o PAC entrasse na lista das emendas parlamentares. Lira lembrou das promessas na Caixa, não cumpridas.

 

Jogada de mestre

 

Nas articulações diárias, usando a presidência da Comissão de Constituição e Justiça para pavimentar sua volta ao comando do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) fez uma jogada de mestre há dias para agradar a base governista, de quem tem ampla resistência. Escolheu o amigo maranhense de Flávio Dino, Weverton Rocha (PDT), para ser o relator da indicação do ministro ao STF. 

 

Clima quente

 

O clima esquentou no Palácio Buriti. A vice do governador Ibaneis, Celina Leão, que sonha ser a sucessora, acha que vai ser rifada e investe em aparições na TV. É que Ibaneis tem aliados mais graúdos.

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