Uma raposa política repete que ninguém vai falar a que cargo concorrerá na eleição até o dia da convenção partidária. Com o ex-juiz federal Sérgio Moro (Podemo-PR) não será diferente.
Moro, hoje, é candidato a presidente. Mas seus planos podem mudar a partir de abril de 2022, quando partidos oficializam coalizões. Sérgio Moro é candidato a tudo: a deputado, senador, presidente, governador. Ou até a vice na chapa de João Doria (PSDB) – se passar nas prévias tucanas – de Rodrigo Pacheco (PSD) – se este não se tornar vice também.
E ainda existe o União (DEM + PSL), que pode apresentar um nome viável politicamente para oferecer a vaga de vice ao ex-ministro, ou lhe oferecer um vice. Moro pode disputar o Senado pelo Paraná. O senador Álvaro Dias, seu tutor, está em fim de mandato e não descarta abrir mão da vaga.
Dentro do partido, há um canto uníssono a quem almeja o trono: o pré-candidato é um soldado da legenda. Quem norteia o caminho são as pesquisas de intenção de votos.
Até abril, o Podemos vai realizar pesquisas quinzenais, quantitativas e qualitativas. São os números vindouros e sigilosos, da voz popular, que indicarão o caminho de Moro.
Sérgio Moro já agendou encontros com líderes do MBL e Vem pra Rua, movimentos que saíram às ruas e catalisaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).