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Cinema com ela
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“Planeta dos Macacos: O Reinado” mostra a mitologia se transformando em poder

Esse possível último capítulo da franquia revela a história do líder macaco enlouquecido Proximus César, contra o jovem Noa

Tamires Rodrigues

09/05/2024 5h00

Foto: Divulgação/20th Century Studios

Depois de três filmes consideravelmente bem-sucedidos, a franquia Planeta dos Macacos ganha uma nova produção que chega nesta quinta-feira (9) aos cinemas nacionais. “Planeta dos Macacos: O Reinado” estreia com um gostinho do que poderia ser o fim do reboot, pois aspectos do novo longa corroboram com o acontecimento da história original lançada em 1968.

O longa mostra um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Apesar de ser responsável pela segurança da nova geração de primatas evoluídos, muitos não conhecem os feitos de César. E é neste novo cenário que um líder macaco começa a escravizar outros grupos para encontrar tecnologia humana, enquanto um jovem macaco, que viu seu clã ser capturado, embarca em uma viagem para encontrar a liberdade, sendo uma jovem humana a chave para todos.

Foto: Divulgação/20th Century Studios

Calma! Não é porque existem indícios de que esse pode ser o final da franquia que o enredo seja chato ou sem energia. Claramente a história de César já foi contada de forma ampla nos três longas anteriores. E no caso desta nova produção, a trama está mais inventada, por assim dizer. Quase anticlimática, pois tudo que aparece vislumbra o desfecho do primeiro filme lançado em 1968 estrelado por Charlton Heston, que mostra uma tripulação pousando na Terra em 3978, quando os macacos dominaram por completo.

O diretor Wes Ball, conhecido pela saga “Maze Runner”, sabe tranquilamente que o longa teria algumas dificuldades; primeiro, os macacos já não são os mesmos dos outros episódios, basicamente só temos uma humana. Então ele coloca todo o foco para a ação e pensamento neste ponto; a aventura apresenta, mesmo com alguns clichês, uma execução muito bem feita. A captura de movimentos ainda mantém o aspecto de qualidade esperado, as expressões faciais são surpreendentemente orgânicas. E mesmo o filme sendo relativamente longo, a contenção dramática alinhada com as sequências de ação vai deixar o público satisfeito.

Foto: Divulgação/20th Century Studios

A produção ainda faz vários paralelos com a nossa evolução, progresso desenfreado, a questão de uma ditadura e até religião, entre outros pontos que lembram muitos momentos da história mas vistos pelos símios falantes.

A atuação de Kevin Durand como o vilão Proximus, o monarca malicioso, é uma boa sátira de um líder ditador que distorce tudo que César pensou para os macacos. Já Owen Teague, como o novo protagonista Noa, lembra em vários momentos César, até na aparência; ele segura muito bem a trama. E relembra o início do reboot.

Foto: Divulgação/20th Century Studios

Conclusão

“Planeta dos Macacos: O Reinado” nos convida a abraçar o drama dos macacos lutando contra os macacos. Mas, verdade pode ser considerado um teaser para o final da franquia. No filme original de 1968, uma frase dita pelo protagonista, chama atenção. “Não posso deixar de pensar que em algum lugar do universo deve haver algo melhor que o homem”. Seriam estes os macacos?

Confira o trailer:

Ficha Técnica
Direção: Wes Ball;
Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Amanda Silver, Patrick Aison;
Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Peter Macon, Eka Darville, Kevin Durand;
Gênero: Ação, Aventura, Ficção Científica; Duração: 145 minutos;
Distribuição: 20th Century Studios;
Classificação indicativa: 14 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z

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