Wilson Rabelo, com 44 anos de carreira, mais de 45 novelas no currículo, além de filmes, peças e grandes personagens como o Cartola de “Por toda a minha vida” (TV Globo), Wilson está no ar na série “Dom”, do Amazon Prime como o agente Arcanjo e ainda se prepara para a estreia de “Jogo da Corrupção”, a próxima temporada da série original Amazon, “El Presidente”, na qual interpreta o padre Pascual, além do filme “Pai da Rita”, ao lado de Ailton Graça, Elisa Lucinda e grande elenco. O ator em breve também irá iniciar as gravações da série “Arcanjo Renegado” (Globoplay) e do filme “Fim de Semana no Paraíso Selvagem”, de Pedro Severien.
“O Brasil é um prato cheio para o preconceito em vários níveis. Não apenas o racial, experimentei vários… Por ser autodidata, de alguns acadêmicos, por não ter o padrão de corpo esperado, por ser muito magro, pelo comportamento, por razões raciais, etárias, sociais”, conta.
Acreditando e apostando que para tudo existe um tempo, Wilson Rabelo se sente feliz por estar sempre em grandes produções culturais: “Venho de uma geração onde o simples telefone era inacessível, de muita injustiça e instabilidade política e social, onde ser ator de teatro era quase impensável e a televisão nem fazia parte do nosso sonho”, lembra o ator.
“Vivemos um tempo de muitas mudanças e conscientização de direitos, a arte através das novas gerações vem ampliando seu espaço e seu poder de fala, representando segmentos e temáticas que eram antes segregados nos setores de comunicação ou com quase nenhuma visibilidade de cores e gêneros, e ainda poder acompanhar estas mudanças trabalhando, é um privilégio, que espero ter muita saúde para viver”.
No início de junho, mais uma produção com Wilson Rabelo no elenco estreou. A série “Dom”, do Amazon Prime, traz o ator na pele do agente Arcanjo, em que ele realiza o desejo de trabalhar com a produtora Conspiração, uma série do Amazon e direção de Breno Silveira.
O ator enxerga o crescimento das plataformas de streaming como uma grande oportunidade e não se sente preterido diante das novas tecnologias. “Sou um ator de teatro, vivi o crescimento da televisão como mercado de trabalho, cinema… O streaming se intensificou mais na pandemia e pode ser uma maneira de democratizar o acesso a inúmeras produções, que além de diversificar o olhar do público em tantas histórias, linguagens e temáticas, leva a nossa arte a variados países”.