Em sua mais recente obra, intitulada “A medida da vida,” o renomado biógrafo Herbert Marder apresenta uma perspectiva única sobre os últimos dez anos da vida da icônica escritora Virginia Woolf. Diferenciando-se das biografias convencionais, Marder baseia-se em diários, cartas e a bibliografia da autora para oferecer uma visão detalhada da resistência literária de Woolf, suas relações interpessoais complexas e os eventos históricos que a cercavam.

Um teto todo seu
A narrativa perspicaz e fluída do professor emérito de inglês na Universidade de Illinois destaca a consciência de perigo pessoal que permeou as ações e percepções de Woolf nos anos que antecederam à Segunda Guerra Mundial. Marder não busca explicação racional para o trágico suicídio de Woolf, mas enfatiza a importância do relacionamento da autora com a médica Octavia Wilberforce.

O leitor comum
“A medida da vida” não apenas revela os aspectos mais íntimos da vida de Virginia Woolf, mas também destaca sua participação no cenário político, sua luta contra a discriminação de gênero e seu convívio com o influente Círculo de Bloomsbury. Com fotos, adendos e índice remissivo, a obra oferece uma oportunidade única de compreender Woolf sob a ótica da própria autora, apresentando o retrato de uma mulher atormentada por crises de depressão e frágil saúde mental, cujo brilhantismo literário permaneceu inabalável.

Woolf Além das Palavras: A visão íntima de Herbert Marder sobre a autora
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Um teto todo seu – Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas faculdades de Newham e Girton em 1928, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e a sua influência na produção literária feminina. A escritora pontua em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a expressão livre de seu pensamento, para que essa expressão seja transformada em uma escrita sem sujeição e, finalmente, para que essa escrita seja recebida com consideração, em vez da indiferença comumente reservada à escrita feminina na época. Esta edição traz, além do ensaio, uma seleção de trechos dos diários de Virginia, uma cronologia da vida e da obra da autora e um posfácio escrito pela crítica literária Noemi Jaffe.
O leitor comum – Publicado pela primeira vez em 1925, O leitor comum reúne uma seleção de ensaios de Virginia Woolf – a maior parte originalmente publicada em veículos como o Times Literary Supplement, Dial, Vogue e The Yale Review. Coletados durante mais de 20 anos de atividade crítica, estes ensaios partem da figura do “leitor comum” (tomada emprestada incialmente de Samuel Johnson) em contraponto aos saberes da academia, dos quais Woolf, enquanto mulher no século XX, fora privada. A obra, agora em nova tradução para o português de Marcelo Pen e Ana Carolina Mesquita, traz notas de fim de Andrew McNeillie, editor dos ensaios completos de Woolf, notas dos próprios tradutores, além de prefácio de Marcelo Pen.