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Analice Nicolau
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Verão Perigoso: aumento de acidentes com lesões na coluna devido a mergulhos inadequados

Altas temperaturas elevam riscos nos corpos d’água; especialistas alertam sobre perigos

Analice Nicolau

29/01/2024 14h15

Com a chegada do verão e as altas temperaturas levando multidões aos corpos d’água, uma preocupação crescente se instala: o aumento significativo nos casos de lesões medulares causadas por mergulhos em locais inadequados. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), o mergulho em águas rasas torna-se a segunda maior causa de lesões na coluna cervical durante a temporada.

Dados do DataSus revelam que, de dezembro de 2022 a novembro de 2023, hospitais públicos em todo o Brasil realizaram 7.234 tratamentos para traumatismo raquimedular e fraturas na coluna vertebral com lesões na medula espinhal. Apenas no Paraná, foram 394 atendimentos. O Ministério da Saúde alerta que os atendimentos ambulatoriais por lesão medular atingiram a marca de 31.094 de janeiro a novembro do ano passado.

No último final de semana, um dramático resgate realizado pelo Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar envolveu um homem de 55 anos que sofreu traumatismo craniano após um mergulho em Guaratuba, no litoral do Paraná.

O ortopedista Dr. Luiz Muller, especialista em cirurgia de coluna, enfatiza as sérias consequências desses acidentes, alertando para o risco de fraturas, luxações e lesões neurológicas definitivas causadoras de tetraplegia. Ele explica que a força transmitida da cabeça para o pescoço, ao bater em superfícies duras, pode resultar em danos irreversíveis à medula espinhal.

Em caso de acidentes, Muller destaca a necessidade urgente de atendimento médico e, em locais sem salva-vidas, a importância de testemunhas retirarem a vítima da água e acionarem os serviços de emergência.

O Corpo de Bombeiros ressalta a responsabilidade do banhista na prevenção desses acidentes, enfatizando a importância de conhecer o local antes de mergulhar, evitar o consumo de álcool, e evitar brincadeiras perigosas. A tenente Ana Paula Inácio Zanlorenzzi reforça que a profundidade e possíveis obstáculos subaquáticos devem ser conhecidos antes de qualquer mergulho, alertando para os perigos de comportamentos imprudentes.

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