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Analice Nicolau
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Nova técnica, ‘embolização’, oferece tratamento menos invasivo e doloroso para hemorroidas

Médico, Dr. Francisco César Carnevale, contou sobre o procedimento que é feito com anestesia local e sem necessidade de internação

Analice Nicolau

23/10/2021 12h00

Médico, Dr. Francisco César Carnevale, contou sobre o procedimento que é feito com anestesia local e sem necessidade de internação

Uma nova técnica, minimamente invasiva, pode tratar as hemorroidas com menos tempo de internação e recuperação mais rápida. Trata-se do método de Embolização, que consiste em obstruir as artérias hemorroidárias.

De acordo com o médico Dr. Francisco César Carnevale, professor livre-docente da FMUSP e chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia (InRad), a doença hemorroidária interna está relacionada ao aumento no fluxo sanguíneo arterial, que ocorre devido ao alargamento do diâmetro das artérias retais que irrigam tecidos, musculatura e vasos sanguíneos.

“Nesta nova técnica, um cateter de 2 mm de diâmetro é introduzido pela virilha e chega à artéria do intestino, que é responsável pela formação das hemorroidas. É feita uma fotografia e também uma tomografia das artérias, por meio de um software inédito, dentro do Hospital das Clínicas, para confirmar a localização destas veias e artérias hemorroidárias. Assim, é feita a obstrução delas”, comentou o médico.

O novo tratamento permite uma obstrução intencional no local do sangramento usando microesferas de resina acrílica inofensivas ao paciente juntamente com micromolas metálicas. Estes materiais não causam problemas ao paciente e não se deslocam. “A embolização é muito segura porque é guiada por imagens altamente sofisticadas”, completa o Dr. Carnevale.

Além das vantagens da nova tecnologia, a técnica é executada com anestesia local e sem a necessidade de internação, “o paciente retorna rapidamente às suas atividades, tanto laborais quanto sociais e familiares. A grande vantagem da embolização é que traz resultados similares aos cirúrgicos, com alta após três a seis horas, e ainda com menos dor”, conclui o especialista.

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