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Analice Nicolau
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Professor Waldemar Guimarães entrevista urologista Fabio SantAnna para discutir doença na próstata de Rei Charles 3º

O professor e educador físico Waldemar Guimarães já enfrentou o problema e foi operado pelo dr. Fabio com método inovador, que está entre as possíveis tecnologias que podem ser usado no tratamento do rei

Analice Nicolau

25/01/2024 9h00

Em uma conversa esclarecedora, o bodybuilder brasileiro Waldemar Guimarães entrevistou o urologista Dr. Fabio SantAnna em uma transmissão ao vivo pelo Instagram, abordando temas importantes sobre a saúde do homem, com foco especial na Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP). A entrevista se destaca em um momento em que os holofotes estão voltados para o procedimento cirúrgico do Rei Charles III da Inglaterra, previsto para a próxima semana, no qual enfrentará uma cirurgia para tratar o aumento da próstata.

Waldemar Guimarães, uma figura expressiva entre os bodybuilders brasileiros, é conhecido por seus mais de 25 livros sobre fisiculturismo e pelo desenvolvimento do Método Intensidade Total (MIT). Dr. Fabio SantAnna, por sua vez, é um médico urologista altamente qualificado, membro de diversas associações médicas e sócio proprietário da Uroclínica Santa Catarina de Balneário Camboriú e Itajaí, e um dos pioneiros a adotar o procedimento Urolift ambulatorial, um dos mais modernos do mundo no tratamento da hiperplasia.

A entrevista começou abordando a condição de hiperplasia benigna da próstata, uma doença que afeta milhões de homens em todo o mundo, incluindo o Rei Charles III. Dr. Fabio explicou que a HBP, muitas vezes confundida com câncer de próstata, é o tumor benigno mais comum que afeta os homens após os 40 anos. Ele enfatizou que, embora nem todos os pacientes desenvolvam sintomas graves, a hiperplasia pode levar a complicações na função vesical, afetando a frequência urinária e o tempo de esvaziamento da bexiga.

“Quando o paciente evolui com essa doença, ele vai ter um aumento de disfunção vesical, de retenção urinária, de infecção de repetição de infecção urinária, de lesão renal. O grande objetivo na hora de corrigir, de tratar a hiperplasia é proteger a bexiga”, pontuou o médico.

O urologista também destacou que, a partir dos 40 anos, ocorrem mudanças estruturais na próstata. Ele explicou a função crucial da próstata na fertilização e como as alterações nesse órgão podem levar a sintomas miccionais, muitas vezes desconsiderados pelos homens.

Waldemar Guimarães trouxe à tona uma questão relevante sobre o uso de drogas anabólicas no meio esportivo, especialmente entre os praticantes de musculação e bodybuilding. Ele questionou Dr. Fabio sobre a influência do uso e abuso dessas substâncias na saúde da próstata, principalmente em homens mais jovens. O médico explicou que a testosterona, frequentemente presente em esteroides anabólicos, estimula o desenvolvimento da próstata, podendo levar a aumento de tamanho e, eventualmente, a sintomas obstrutivos. Ele alertou sobre o risco de estimular o crescimento de tumores e destacou a importância da conscientização sobre esses riscos.

O próprio Waldemar compartilhou sua experiência pessoal, revelando o uso passado de esteroides anabólicos na década de 90. Ele enfatizou a importância da busca por tratamento ao enfrentar desconfortos urinários e destacou o sucesso do procedimento chamado Urolift, realizado pelo Dr. Fabio SantAnna em outubro de 2021.

Dr. Fabio esclareceu que, em muitos casos de hiperplasia benigna de próstata, os pacientes são inicialmente tratados com medicamentos que visam relaxar a próstata ou diminuir seu tamanho. No entanto, ele apontou que esses tratamentos são transitórios e que o principal objetivo é preservar a função da bexiga. Ele mencionou que existem cerca de 5 milhões de homens no Brasil com hiperplasia benigna de próstata, sendo que a maioria utiliza medicamentos. A cirurgia é reservada para uma pequena porcentagem de casos, aproximadamente 2%, o qual, o professor se encaixou.

“No Congresso em Chicago em 2023, vimos uma ênfase na busca por soluções mais eficazes e com menos efeitos colaterais para os pacientes com HBP”, destacou o médico.

Em seu relato, Waldemar compartilhou sua experiência com o procedimento Urolift, destacando a satisfação com os resultados e a ausência de efeitos colaterais significativos. O Dr. Fabio SantAnna ilustrou esse caso para comparar com o que pode ser feito no caso do Rei Charles III, enfatizando a importância de opções de tratamento que preservem a função da bexiga e minimizem os efeitos colaterais.

A entrevista terminou com uma conscientização sobre a Hiperplasia Benigna da Próstata e suas opções de tratamento, um alerta para homens com idade acima de 40 anos.

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