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Analice Nicolau
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Neurocirurgião aponta que é preciso cuidado e acolhimento quando o familiar passa a ser cuidador do idoso; entenda mais

Em casos de doenças neurodegenerativas é comum que um parente passe a cuidar do idoso; Dr. Marcelo Valadares indica que é preciso valorizar o familiar

Analice Nicolau

12/01/2023 13h00

Em casos de doenças neurodegenerativas é comum que um parente passe a cuidar do idoso; Dr. Marcelo Valadares indica que é preciso valorizar o familiar

Casos de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, trazem mudanças para a saúde física e mental dos pacientes. Assim como alteraram a rotina das famílias. Neste cenário, é comum que familiares passem a cuidar, principalmente de idosos. O neurocirurgião, Dr. Marcelo Valares indica quais cuidados são necessários para aquele que se dedica a cuidar do outro.


Ele comenta que não é incomum que parentes próximos ao paciente assumam o papel do cuidador. Para desempenhar esta missão, essas pessoas costumam parar de trabalhar ou abdicar algumas funções para cuidar da mãe ou do pai idoso. “Como médicos, é nossa função nos atentarmos para as necessidades dessa pessoa, educando, valorizando e acolhendo esse cuidador”, indica.


Assumir esta posição, principalmente quando se é próximo ao paciente não é uma tarefa simples. É preciso superar desafios como: a troca de papéis, quando se deixa de ser filho para se tornar pai do genitor. O especialista avaliou ainda que é compreensível estranhar a situação, mas que é preciso ter em mente que o envelhecimento é uma etapa da vida como as outras.


“Outro ponto a se ressaltar é que esse cuidador não pode ser o único responsável pelo paciente. Muita se fala do Burnout no universo corporativo, mas essa pessoa elencada para dedicar-se aos cuidados com uma pessoa enferma, seja um parente ou profissional, também sofre dessa síndrome, em que o estresse e o desgaste levam a esgotamento mental, quadros de depressão e crises de ansiedade”, enfatiza.


Por esta razão, uma rede de apoio é essencial para evitar sobrecargas físicas e mentais. Assim como entender que essa pessoa precisa de alguém para substitui-la em plantões, idas a consultas médicas e tarefas domésticas. O neurocirurgião aponta ainda que ninguém está preparado para acompanhar o agravamento de saúde de um ente querido, nem as alterações cognitivas e comportamentais que fazem com que o paciente de Alzheimer não reconheça os mais próximos. “É um exercício de paciência, resiliência, de desenvolvimento da inteligência emocional e, muitas vezes, de afeto”, afirma.

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