Na última terça-feira, em Brasília, o I Prêmio Mulheres das Águas abriu novos horizontes para o reconhecimento do papel feminino nos setores da pesca e aquicultura. No majestoso Hotel Royal Tulip, sete mulheres foram homenageadas por suas contribuições notáveis, numa cerimônia que contou com a presença ilustre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rollemberg.

Este evento singular, promovido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), não foi apenas uma celebração de conquistas individuais, mas um forte reconhecimento do trabalho feminino em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Com 149 histórias de 23 estados e do Distrito Federal, o prêmio iluminou o trabalho, as ações e as pesquisas das mulheres, enfatizando a importância da sustentabilidade, do bem-estar social das comunidades e da preservação cultural e das tradições ligadas à pesca.

O presidente Lula ressaltou o compromisso do governo com a equidade de gênero, raça e diversidade, afirmando que “não há democracia sem diversidade”. Margareth Menezes destacou a pesca não só como atividade econômica, mas como um elemento central da identidade cultural de muitas comunidades brasileiras.
Entre as premiadas, Lilian Gonçalves, de Maraã, no Amazonas, simboliza a nova geração que abraça a tradição da pesca artesanal com um olhar voltado para a sustentabilidade e a preservação da biodiversidade. A sua dedicação ao manejo sustentável do pirarucu destaca a importância de engajar os jovens e de promover o respeito e a proteção ambiental.
Além da premiação, o evento foi marcado pela assinatura de um protocolo de intenções entre o Ministério da Pesca e o Ministério da Saúde, visando o desenvolvimento de um programa de saúde integral para as Mulheres das Águas. Esta parceria simboliza um importante passo rumo ao reconhecimento e à valorização das necessidades específicas dessas mulheres, reforçando a intersecção entre saúde, trabalho e sustentabilidade.
A cerimônia não apenas celebrou as conquistas dessas mulheres inspiradoras, mas também sinalizou uma mudança de maré na forma como a sociedade reconhece e valoriza o papel feminino em setores cruciais para a sustentabilidade e a cultura brasileira. Márcia Rollemberg, ao destacar a parceria entre os Ministérios da Cultura e da Pesca, ressaltou que o prêmio serve como um farol, iluminando a importância da pesca artesanal e o papel transformador das mulheres nesse setor.
Este evento marca um momento de reconhecimento, mas também de reflexão sobre os próximos passos para garantir que as mulheres nas áreas da pesca e aquicultura recebam não apenas o reconhecimento, mas também o suporte necessário para continuar suas importantes contribuições para a sociedade e o meio ambiente.
O I Prêmio Mulheres das Águas é um lembrete poderoso de que, no coração das questões de sustentabilidade e preservação cultural, estão as histórias de pessoas reais, muitas vezes não contadas, que estão moldando o futuro de maneiras significativas. À medida que avançamos, é essencial que essas vozes sejam ouvidas e que seus esforços sejam apoiados, garantindo que a maré de mudança continue a fluir na direção de um futuro mais inclusivo, sustentável e rico culturalmente.