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Analice Nicolau
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Juliana Amaral revela ‘Ponto Encruza’: uma ode à memória corporal

Explorando afetos e memórias através de melodias, Juliana Amaral une forças com talentos da música brasileira em seu novo single

Analice Nicolau

19/03/2024 18h00

Atualizada 20/03/2024 8h54

Na paisagem musical contemporânea brasileira, emergem de tempos em tempos obras que desafiam a nossa percepção sobre música e poesia. É o caso do novo single de Juliana Amaral, “Ponto Encruza”, que promete ser um marco na carreira da cantora e compositora. Lançado como o segundo single do seu aguardado projeto “Cartas de Marear”, a música é uma profunda reflexão sobre o corpo como um depositário de memórias e afetos.

A origem da canção é tão única quanto sua sonoridade. Inspirada pela “Cartografia 16” de Juliana Amaral, a trompetista Larissa Oliveira deu vida ao tema instrumental que serviria de base para o single. A transformação do texto de prosa para verso é um testemunho do talento lírico de Juliana, que com maestria, construiu uma canção que dialoga com a alma.

O arranjo coletivo, que destaca o improviso aveludado do flugelhorn – um instrumento distintivo na mão de Larissa – é complementado pela presença do contrabaixo grooveado de Lua Bernardo e pelo piano emotivo de Thais Nicodemo. Juntos, eles criam uma paisagem sonora que flerta com o blues e o pop, mantendo a melancolia intrínseca à composição original.

O videoclipe de “Ponto Encruza” é uma obra de arte em movimento. Juliana Amaral aparece engajada numa performance que utiliza um parangolé de 5 metros, adornado com uma rosa dos ventos, representando a jornada de descobertas e encontros. Filmado no alto de um edifício em São Paulo, o clipe captura a interação entre artista, artefato e espaço urbano, sob a lente do fotógrafo Marcelo Dacosta e a direção de arte de Humberto Pio, com edição e finalização por Marcio Yonamine.

“Ponto Encruza” é mais que uma música; é uma experiência sensorial que prenuncia o que esperar do álbum “Cartas de Marear”, programado para ser lançado no dia 27 de março pelo selo Circus. Este lançamento não é apenas uma adição ao repertório de Juliana Amaral; é um convite para explorar as camadas mais profundas de nossa existência, através da música e da arte.

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