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Analice Nicolau
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Inadimplência bate novo recorde e atinge 6,6 milhões de brasileiros. Cartão de crédito é o principal vilão

Especialista em juros abusivos aponta que momento é de cautela e dá dicas de como não se enrolar

Analice Nicolau

14/07/2022 12h00

Atualizada 13/07/2022 17h47

Especialista em juros abusivos aponta que momento é de cautela e dá dicas de como não se enrolar

O número de pessoas com contas atrasadas bateu um novo recorde no Brasil. Segundo dados do Serasa Experian, o país tinha 66,6 milhões de inadimplentes em maio, o maior número de devedores desde 2016, quando o levantamento começou.

O segmento de bancos e cartões é o responsável pela maioria das dívidas

A soma das dívidas chega a R$ 278,3 bilhões, uma média de R$ 4.179,50 por dívida. Na comparação anual com maio do ano passado, houve aumento de 4 milhões de pessoas com o nome sujo. E, desde janeiro deste ano, o número de negativados aumentou em 1,8 milhão de pessoas.

O segmento de bancos e cartões é o responsável pela maioria das dívidas, 28,2% do total. Depois, vêm as contas básicas como água, luz e gás, com 22,7%. Em terceiro lugar, ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.

Especialista em juros abusivos aponta que momento é de cautela e dá dicas de como não se enrolar

“Enquanto a inflação corrói o poder de compra dos brasileiros, a proporção de famílias com dívidas cresce cada vez mais, o que acende um importante alerta, principalmente porque o cartão de crédito é o tipo de dívida mais comum entre os brasileiros”, afirma o especialista em juros abusivos, Thacísio A. Rio, indicando que neste atual cenário é preciso ter muita cautela na hora de adquirir novas dívidas.

“A dificuldade em conseguir honrar as dívidas é influenciada, entre outros fatores, principalmente pela inflação, ao consumidor, persistente acima dos 12% anuais. E, com tudo mais caro, é compreensivo que as pessoas estejam tendo que recorrer ao cartão de crédito para suprir gastos básicos, como alimentação, por exemplo”, explica Thacísio, que listou abaixo algumas dicas para ajudar os consumidores a não se enrolarem com o cartão de crédito:

“A dificuldade em conseguir honrar as dívidas é influenciada, entre outros fatores, principalmente pela inflação”, alerta especialista

1. Antes de tudo, você deverá calcular o valor total da dívida do cartão, para não meter os pés pelas mãos.

2. Negocie a dívida do cartão de crédito. Será provável que a administradora do cartão apresente uma proposta bem alta. Dê sua contraproposta, mas observe as taxas que serão inclusas, como por exemplo o Custo de Efetivo Total ( o CET). E também opte sempre por parcelas fixas.

3. Contratar um empréstimo para pagar o cartão. Sim, pode parecer um pouco incoerente querer saldar uma dívida contraindo outra, mas essa alternativa pode ser a mais adequada, dependendo, é obvio, da situação. Entre as vantagens, estão as taxas de juros, que podem ser bem menores quando comparadas às do cartão de crédito.

4. Talvez, até mais importante que quitar uma dívida de cartão de crédito, é não entrar na lista de inadimplentes. Ou pelo menos não entrar novamente.

5. Reduza os gastos com o cartão. Antes de diminuir ou eliminar esses gastos, é necessário identificá-los. Por isso, o primeiro dever de casa é listar todos os gastos do seu cartão.

6. Não pague somente o mínimo. Geralmente a operadora oferece duas opções de pagamento para a fatura emitida, o pagamento total, ou o pagamento de um valor mínimo, proporcional ao total da fatura. Com isso, o saldo restante somará com o próximo. E será desse ponto que a dívida se tornará uma bola de neve.

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