A Decisão que Molda Grandes Obras
Quando o assunto é fundação, nenhuma escolha é trivial. Quem atua na construção civil sabe: a decisão entre a hélice contínua monitorada e as estacas escavadas pode determinar desde os custos e prazos de execução até a durabilidade de um empreendimento. São soluções distintas, cada uma com benefícios que precisam ser cuidadosamente avaliados. Para o engenheiro e fundador do Grupo JCR – Helicebras, João Carolino, essa escolha deve ser encarada como estratégica. “Cada solo, cada obra e cada orçamento contam uma história diferente. A decisão bem orientada evita não apenas gastos desnecessários, como também problemas futuros de estabilidade”, afirma o especialista.
A história da JCR – Helicebras é um exemplo de como visão e resiliência podem transformar uma pequena construtora em uma potência nacional. Fundada em 2 de dezembro de 1987, a empresa surgiu enfrentando barreiras típicas do setor: falta de reconhecimento, mão de obra limitada e capital escasso. João Carolino, engenheiro e professor, apostou na formação técnica como diferencial. Chegou a ministrar cursos para seus próprios colaboradores, contratou jovens engenheiros e investiu em tecnologia, como a aquisição pioneira da estaca Strauss, um marco à época.
Esse compromisso com a qualificação se transformou em um dos pilares da companhia, hoje reconhecida entre as cinco maiores do setor no Brasil, referência em inovação e excelência construtiva. Após 37 anos no mesmo endereço em Santo André, a JCR – Helicebras escreve um novo capítulo de sua história, com sede própria em São Bernardo do Campo, mantendo suas raízes no ABC, mas projetando-se para um futuro ainda mais ousado.
Larissa Torres, Administradora com especialização pela FGV e Insper e MBA em Engenharia pela USP, incorporou práticas modernas de gestão, reforçando a tradição da empresa em educação continuada e inovação. Sob sua liderança, O Grupo JCR – Helicebras manteve-se na vanguarda tecnológica, sem abrir mão de valores como sustentabilidade e excelência técnica.
Essa combinação de experiência e renovação ampliou a presença da empresa em projetos de alto impacto. A JCR foi responsável pelas fundações do Acelerador de Partículas em Campinas, um dos três existentes no mundo, e da imponente Roda Rico, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, cuja estrutura de 91 metros de altura e 42 cabines exigiu precisão absoluta no estaqueamento. Também esteve em obras industriais para gigantes como Hyundai, Toyota e Land Rover, além de centros logísticos estratégicos, como o do Itaú. Atualmente, a empresa integra o seleto grupo responsável pela construção da nova fábrica da Heineken no Brasil. Do ponto de vista técnico, a hélice contínua monitorada representa modernidade. Ao possibilitar a concretagem simultânea à perfuração, garante uniformidade, reduz riscos de desmoronamento e dispensa o uso de lama bentonítica, fator que diminui impactos ambientais. Outro diferencial está no monitoramento eletrônico em tempo real, que assegura controle rigoroso de cada etapa da execução.
Já as estacas escavadas, método consagrado pela engenharia, seguem relevantes quando aplicadas em solos estáveis ou em projetos que demandam grandes diâmetros e profundidades menores. Apesar do tempo maior de execução e da necessidade de estabilização com lama, continuam sendo uma alternativa eficiente e economicamente viável em determinados contextos. “Não se trata de descartar o método tradicional, mas de usá-lo dentro de sua melhor adequação”, explica Carolino.
A escolha que sustenta o futuro
Na visão do Grupo JCR – Helicebras, a definição entre hélice contínua e estacas escavadas não deve se restringir a custos imediatos, mas considerar cronograma, condições do solo, complexidade do projeto e impactos ambientais. “Uma escolha acertada significa economia, solidez e sustentabilidade. A Fundação não é apenas o que sustenta a obra, é o que sustenta o próprio futuro do empreendimento”, conclui João Carolino.