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Analice Nicolau
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O jogo de tabuleiro ganha espaço nas empresas para treinar as equipes em habilidades socioemocionais

O método Super Cérebro cria um ambiente lúdico e de confiança, relacionando a experiência dos jogos com o comportamento humano

Analice Nicolau

21/04/2021 13h30

Atualizada 22/04/2021 10h49

O velho jogo de tabuleiro ganha espaço nas empresas para treinar as equipes em habilidades socioemocionais

A diretora da Super Cérebro, Patrícia Gamba.

Quando pensamos em um jogo de tabuleiro, imediatamente associamos à infância. Aquela mesa repleta de crianças com um mesmo propósito: vencer. Os jogos têm regras e objetivos claros, mas para chegar até o final não basta conhecê-las. É preciso ter habilidades como raciocínio lógico, liderança, comunicação e cooperação, além de capacidade de concentração. É por isso que esse tipo de jogo tem ganhado espaço dentro das empresas que buscam ferramentas para desenvolver as habilidades socioemocionais de seus colaboradores, as chamadas soft skills. O tabuleiro é um dos recursos que integram o método Super Cérebro Empresas, criado para auxiliar gestores no desenvolvimento das competências comportamentais de suas equipes.

“No momento em que criamos um ambiente lúdico, seguro e definido por um conjunto de regras, como o jogo de tabuleiro, convidamos os participantes a se expressar. O relacionamento interpessoal é colocado à prova, o que permite uma melhor percepção sobre os pontos cegos e oportunidades de desenvolvimento das habilidades socioemocionais”, diz Patricia Gamba, co-fundadora e diretora comercial da Super Cérebro.

Os jogos seguem uma narrativa e criam um contexto para que atividades de simulação, análise de cases e outros tipos de dinâmicas se tornem mais interessantes, aumentando o engajamento e a participação voluntária dos jogadores. Esses fatores são essenciais para que as sof skills sejam percebidas, praticadas e avaliadas. “O método Super Cérebro Empresas desenvolve competências que não são exploradas na formação profissional, mas que se revelam muito necessárias no dia a dia corporativo”, explica diz Rodrigo Ladeira, diretor de novos negócios da Super Cérebro.

Ladeira explica que a dinâmica é aplicada em grupos de 5 até 20 pessoas e dura aproximadamente oito horas, mas pode ser ajustada à realidade de cada empresa. A agenda inclui a apresentação de um vídeo de introdução seguido pela aplicação de dois jogos de tabuleiro colaborativos. Esses jogos são modernos, premiados mundialmente e selecionados para o desenvolvimento de habilidades específicas. Para cada jogo há também um vídeo que faz a associação sobre a experiência vivida com a habilidade que está sendo desenvolvida.

Todos os vídeos são apresentados por renomados conferencistas, como Waldez Ludwig, psicólogo e consultor em gestão empresarial, Alfredo Rocha, que é estudioso nas áreas de psicologia, filosofia e sociologia, com especialização em comunicação, e o Professor Gretz, um dos principais palestrantes motivacionais do Brasil.

O Grupo Super Cérebro atua desde 2013 no desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais para todas as idades. O método exclusivo para empresas foi criado após pesquisas no Japão e nos Estados Unidos. O que já era uma necessidade ficou ainda mais evidente com a pandemia. Muitas empresas adotaram o trabalho remoto e habilidades como comunicação, colaboração e trabalho em equipe passaram a ser indispensáveis nesse novo modelo. Qualidades como a disposição para o aprendizado contínuo, relacionamento interpessoal, foco em resultados, comprometimento, responsabilidade, empatia, estratégia e tomada de decisão são consideradas hoje tão ou mais importantes que as competências técnicas, ou seja, as hard skills.

Uma pesquisa realizada pela Manpower Group com 26 mil empregadores em 43 países indica que um terço está investindo no treinamento dessas habilidades nos seus funcionários. No Brasil, onde foram ouvidos 450 empregadores, esse percentual é de 43%.

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