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Analice Nicolau
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Gestação Consciente: A importância da fisioterapia pélvica em diferentes fases

Marisa Marin, especialista em saúde pélvica, guia gestantes na jornada do cuidado integral

Analice Nicolau

19/01/2024 16h00

Atualizada 24/01/2024 20h09

No universo da gestação, surge uma dúvida comum entre as futuras mamães: qual o momento certo para iniciar a fisioterapia pélvica? Marisa Marin, renomada fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica, destaca que não há uma resposta única, pois cada gestação é única.

A pós-graduada em saúde pélvica enfatiza a importância de uma abordagem individualizada. “Não podemos estabelecer um momento exato, pois cada mulher vive a gestação de maneira diferente. Pode ser com 14 semanas, 20, 28, 32, e até mesmo com 36 semanas. O fundamental é compreender as necessidades específicas de cada paciente”, explica Marisa.

Desde o descobrimento da gravidez, Marisa orienta realizar uma avaliação inicial, abordando diversos aspectos, como atividade física, cuidados com sol/luz, riscos de manchas, escapes de urina, dores na relação sexual e postura corporal. Essa análise minuciosa permite traçar um plano de cuidados personalizado.

Ao descobrir a gravidez, pode ser feita uma primeira avaliação, uma anamnese, e orientar sobre:

• os exercícios da atividade física,

• cuidados com sol/luz,

• risco de manchas/melasma,

• compreender se a paciente já apresenta algum escape de urina (fazendo exercício, no espirro, na tosse, no esforço..),

• se tem dores na relação sexual (o que já demonstra a existência de uma musculatura com mais pontos de tensão ou não),

• avaliar a postura da paciente, se tem uma tendência a ter dores na lombar, ciático,..

É importante o olhar geral da fisioterapia, e após esse processo, será feita uma sessão de fisio pélvica inicial para avaliar alguns pontos:

• o abdômen e entender como está a diástase abdominal (no início),

• liberar pontos que poderão apresentar dores, porque muitas vezes a paciente acha que não dói, mas pode ser um engano

• repassar orientações na prática sobre a importância e quais exercícios se deve ou não fazer com foco na fase da gestação, e

• avaliar o conhecimento pélvico da grávida, se ela sabe ou não contrair a musculatura do canal vaginal, contrair, relaxar, se tem dor ao toque, tensão, se tem fraqueza, constipação, se tem hemorroida..

• se está alinhado a consciência perineal com o movimento muscular (muitas mulheres acham que contraem mas não exatamente, muitas também apresentam dificuldade no relaxamento.. e assim por diante)

A fisioterapia pélvica entra em cena para complementar esse processo. Marisa destaca que, após a avaliação inicial, são realizadas sessões específicas, abordando aspectos como diástase abdominal, pontos de tensão, orientações práticas sobre exercícios durante a gestação, e a avaliação do conhecimento pélvico da gestante.

Marisa ressalta que o período ideal para cada procedimento pode variar, sendo semanal, quinzenal, ou mais espaçado, dependendo das necessidades individuais. Com base na informação de que a partir de 36 semanas o bebê já pode nascer, a fisioterapeuta defende que esse é um momento crucial. “A mãe deve sentir-se pronta para o parto, compreendendo as fases do trabalho de parto e enfrentando-o com menos desconfortos, preparando sua musculatura para o momento da expulsão do bebê”, destaca Marisa.

Em resumo, a fisioterapia pélvica durante a gestação, nas palavras de Marisa Marin, é uma jornada personalizada, adaptada às necessidades de cada mulher, visando uma gestação saudável e um parto consciente.

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