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Analice Nicolau
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ESG é sobre transformação, não só sobre metas

Colunista Analice Nicolau

17/10/2025 19h00

Sustentabilidade é mais que um selo. Nesta coluna, Analice Nicolau conversa com Carmem Murara, diretora do Grupo Marista, que revela como a instituição transformou metas ESG em cultura e resultados reais. Uma lição sobre como estratégia, dados e propósito podem, juntos, construir negócios de verdadeiro impacto.

Carmem Murara, diretora de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo Marista

Empresas que movem o ponteiro do discurso para a ação, como o Grupo Marista, mostram que o futuro dos negócios depende de integrar propósito, estratégia e uma cultura de impacto real

A sigla ESG (Ambiental, Social e Governança) invadiu o vocabulário corporativo. Mas, na prática, o que separa as empresas que apenas cumprem uma cartilha daquelas que realmente transformam seus negócios? A resposta não está nos relatórios, mas na cultura e na estratégia. A sustentabilidade deixou de ser um “departamento” para se tornar o eixo central de organizações que entenderam que seu futuro depende disso.

É o que defende Carmem Murara, diretora de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo Marista. Com a autoridade de quem lidera a agenda de sustentabilidade em um ecossistema que engloba educação e saúde, ela é categórica: “Para incorporar a sustentabilidade como parte central do negócio, o tema precisa estar inserido no plano estratégico da empresa.”

Carmem Murara, diretora de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo Marista

No Grupo Marista, isso se traduz em ação. A instituição realizou um diagnóstico de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e estabeleceu uma meta inicial ambiciosa: redução de 5% já no primeiro ano. Mas os números são apenas o começo. A verdadeira transformação, segundo Murara, vem da criação de uma consciência coletiva que envolve alunos, famílias e colaboradores.

O maior desafio? “Equilibrar a implementação de ações sustentáveis com a viabilidade financeira e operacional”, afirma. Engana-se quem pensa que sustentabilidade é apenas custo. Quando bem planejada, é investimento inteligente. No Grupo Marista, cada passo é medido e gerenciado, transformando boas intenções em resultados concretos.

Essa jornada não é solitária. A pressão por um capitalismo mais consciente vem de todos os lados: investidores, consumidores e talentos. “Essa interação cria um efeito cascata, no qual a instituição não apenas cumpre requisitos, mas também educa, engaja e influencia toda a comunidade”, explica Carmem.

A sustentabilidade, portanto, vira um ciclo virtuoso. O Grupo Marista, com seu alcance em educação e saúde, não apenas adota práticas sustentáveis, mas as ensina, multiplicando seu impacto.

O exemplo da instituição nos deixa uma lição clara: a era do “greenwashing” – o discurso verde sem prática – está com os dias contados. O futuro pertence às organizações que, como o Grupo Marista, têm a coragem de medir seus impactos, investir em mudanças reais e, acima de tudo, entender que cada decisão é uma oportunidade de construir um legado positivo. A pergunta que fica para cada líder é: a sua estratégia está pronta para essa transformação ou continuará apenas no papel?

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