No dia 16 de dezembro, São Paulo será palco da estreia do aguardado curta-metragem “A Caixa – O Ensaio do Eu Sem Você”, dirigido e roteirizado pelo renomado jornalista Marcos Maynart, em colaboração com Beto Alves. O Cine Bijou, às 19h30, receberá a produção na Mostra Cine Guerrilha, prometendo uma experiência cinematográfica única.

A poderosa narrativa de Marcos Maynart chega aos cinemas
O filme transcende a tradicional narrativa de amor, mergulhando profundamente na despedida e no luto de Thiago e João, dois amantes separados pelo vírus HIV nos anos 80. A trama se desenrola por meio de cartas trocadas entre o casal, guardadas em uma belíssima caixa concebida pela artista plástica Christina Oiticica.
Em 13 minutos de projeção, o curta traz a emocionante interpretação de Adriano Arbool como João, que também assume a narração, enquanto a direção de fotografia de João Mário Nunes e a trilha sonora de Liah Soares e Fernanda Santanna elevam a narrativa a patamares emocionais.

Marcos Maynart leva o público às lágrimas com ‘A Caixa – O Ensaio do Eu Sem Você
Marcos Maynart destaca a inspiração por trás da obra: “Sempre fui apaixonado por fotografia, cinema e livros. A ideia do curta surgiu depois da pandemia e o texto foi escrito com meu amigo, também jornalista, Beto Alves”.
“A Caixa” tem recebido elogios pela sua abordagem sensível e poética. A ativista Lucinha Araújo destaca que o filme nos lembra que as palavras têm o poder de capturar o tempo, enquanto Christina Oiticica elogia a obra por mostrar o amor de maneira poética.
O curta, segundo Henrique Haddefinir, crítico do site Omelete, atinge seu objetivo de ser dramaturgia, documentário e literatura ao mesmo tempo. Para o escritor Hugo Bonemer, a presença física pode ter sido interrompida, mas o sentimento entre João e Tiago se eterniza na obra.
“A Caixa” não é apenas uma produção cinematográfica; é um testemunho da homoafetividade nos anos 80, durante a epidemia do HIV. Marcos Maynart, com maestria, preserva na memória do tempo o registro dessa história de amor atemporal.