O investimento em educação internacional cresce entre brasileiros, mas será que vale a pena enviar seu filho para estudar no exterior? Com um aumento de 18% no número de estudantes participando de intercâmbio em 2022, conforme aponta o Selo Belta 2023, essa dúvida está presente em muitas famílias. O mercado de educação internacional voltou a crescer após a pandemia, consolidando 455.480 estudantes brasileiros fora do país. Entretanto, os custos ainda são um desafio significativo.
Um curso de inglês de 15 semanas na Austrália pode custar aproximadamente R$ 20 mil, enquanto três meses de curso nos Estados Unidos giram em torno de R$ 12 mil, segundo levantamentos recentes. Mesmo com esse valor elevado, muitos estudantes e suas famílias enxergam a experiência internacional como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, além de um diferencial competitivo no mercado de trabalho globalizado.
Gabrielle Hayashi Santos, consultora de educação internacional, explica que a escolha do destino é crucial para maximizar a experiência. “A localização geográfica, o clima, as oportunidades de trabalho e o estilo de vida são fatores que impactam bastante na experiência do estudante”, afirma Gabrielle. Países como Irlanda e Canadá vêm ganhando destaque por suas condições de trabalho favoráveis e pela vivência cultural que proporcionam. Na Irlanda, por exemplo, os estudantes podem trabalhar enquanto estudam, o que ajuda a amenizar os custos.
Além da oportunidade de aprender um novo idioma, o intercâmbio oferece uma imersão em culturas diferentes, enriquecendo a formação acadêmica e pessoal. Em alguns países, como o Canadá, os estudantes matriculados em cursos de nível superior podem até levar suas famílias, com direito a visto de trabalho para os cônjuges. Isso torna o destino ainda mais atraente para quem busca aliar educação de qualidade a uma vida com melhores oportunidades.
Apesar dos altos custos, especialistas destacam que o investimento pode ser recompensador. “É uma forma de se preparar para um mercado de trabalho cada vez mais globalizado”, conclui Gabrielle. A educação no exterior, além de abrir portas em grandes empresas internacionais, também proporciona uma vivência que prepara o estudante para lidar com diferentes culturas, idiomas e desafios profissionais.
A decisão de investir em uma faculdade no exterior deve ser cuidadosamente analisada, levando em consideração não apenas o custo financeiro, mas o retorno em termos de crescimento pessoal, profissional e a abertura de novas oportunidades. Para muitas famílias, o intercâmbio é visto como um passo essencial na formação de um futuro sólido e competitivo.
