Em uma era em que a saúde é cada vez mais valorizada, a Dra. Giovana Fernandes, especialista em nutrição clínica e funcional, aborda sobre a busca pela remissão da diabetes tipo 2 por meio de mudanças na alimentação. Embasada em sua experiência em diabetes e exames laboratoriais, a especialista compartilha seu conhecimento sobre a transformação possível através da adoção de hábitos mais saudáveis.

Divulgação/ Arquivo pessoal Dra. Giovana Fernandes
Diferenciando-se do diabetes tipo 1, que é caracterizado por uma deficiência das células Beta pancreáticas na produção de insulina, o diabetes tipo 2 muitas vezes está relacionado aos hábitos de vida, alimentação e obesidade. A Dra. Giovana Fernandes destaca a importância de compreender as diferenças entre essas duas condições para criar estratégias eficazes.

Divulgação/ Arquivo pessoal Dra. Giovana Fernandes
“Ao contrário da Diabetes tipo 1, o Diabetes 2 é uma doença que aparece e se desenvolve nas pessoas geralmente a partir dos 40 anos. Ela surge de acordo com os hábitos de vida dessa pessoa, que ao longo da vida dela, tem uma alimentação mais carregada de carboidratos “, explica a nutricionista afirmando que a mudança nos hábitos alimentares é crucial no processo de remissão.

Divulgação/ Arquivo pessoal Dra. Giovana Fernandes
Conforme a Dra. Giovana Fernandes, a alimentação funcional é a chave para lidar com a doença. Ela destaca o uso estratégico de alimentos para promover benefícios à saúde e compartilha insights sobre como incorporar alimentos funcionais na dieta para ajudar na regulação da glicose e promover o bem-estar. “A remissão da diabetes tipo 2 é possível quando o paciente atinge um bom controle da doença, com uma hemoglobina glicada abaixo de 6,5% e não necessita do uso de medicamentos específicos por um período mínimo de três meses. Isso é alcançado através de mudanças graduais e sustentáveis nos hábitos do paciente”, esclarece.

Divulgação/ Arquivo pessoal Dra. Giovana Fernandes
.A profissional cita alimentos como a chia, o psílio, o azeite de oliva, o vinagre de maçã, a linhaça e a biomassa de bananas, que são exemplos que podem ser incorporados na dieta de pacientes diabéticos. Esses alimentos não apenas auxiliam na regulação da glicose no sangue, como também oferecem diversos benefícios à saúde.
Estratégias inteligentes que os pacientes podem adotar para manter o controle glicêmico, vão desde o uso da canela, até a incorporação de uma colher de sopa de vinagre de maçã antes das principais refeições. Giovana destaca que ajustes simples podem fazer uma diferença significativa na saúde do paciente. “A canela de Ceilão é excelente para reduzir o açúcar no sangue. Além disso, o vinagre de maçã, quando consumido estrategicamente antes das refeições, demonstrou ajudar na redução da glicose pós-prandial.”, ressalta a nutricionista.
A escolha de alimentos durante a noite é outro grande fator considerado para o controle do diabetes tipo 2, já que a sensibilidade à insulina geralmente está mais baixa nesse período. A Dra. Giovana aconselha os pacientes a planejar cuidadosamente suas refeições noturnas. “O jantar deve ser pensado com cuidado, evitando carboidratos de rápida absorção. Optar por carboidratos complexos, como quinoa, combinados com vegetais e uma fonte de proteína magra, pode manter a glicose sob controle durante a noite.” finaliza.
Para ilustrar a eficácia dessa abordagem, a Dra. compartilha um caso de sucesso. “Tive uma paciente, a Dona Jussara, que já tomava insulina há anos. Chegou ao consultório com uma glicemia de 480, muito acima do normal. Ao longo do tratamento, introduzimos uma alimentação funcional, e ela não apenas deixou de tomar insulina como reduziu significativamente sua glicemia. Essa transformação não envolveu fome, mas sim a compreensão e adoção de uma alimentação mais saudável e equilibrada”, revela.
Em meio a um cenário em que a incidência de diabetes tipo 2 continua a aumentar, a especialista oferece uma perspectiva esperançosa. “É fundamental investir em uma alimentação mais natural, priorizando alimentos integrais, legumes, verduras e especiarias. Esquecer os produtos dietéticos cheios de aditivos e adoçantes artificiais”, finaliza a especialista.