Em uma entrevista exclusiva, o Dr. Felipe Nagliate, médico clínico geral, nutrólogo e médico do esporte, discute a importância da reposição hormonal na recuperação da libido e seus benefícios para a saúde em geral. Com vasta experiência na área, o Dr. Felipe é reconhecido pelo comprometimento em oferecer tratamentos individualizados e eficazes para seus pacientes.
- Divulgação Arquivo pessoal/ Ao abordar sobre o tratamento, Dr. Nagliate enfatiza a importância de um acompanhamento personalizado, considerando a interligação entre os hormônios.
Conforme o médico, ao longo da vida, o organismo humano passa por diferentes fases hormonais, desde os picos hormonais na infância até a queda gradual durante o período adulto. Nas mulheres, a chegada da menopausa, geralmente entre os 40 e 50 anos, marca uma diminuição significativa na produção hormonal, resultando em perda de massa magra, densidade óssea e vigor.
- Divulgação Arquivo pessoal/ O nutrólogo destaca também a importância de adotar um estilo de vida saudável para otimizar os benefícios da terapia hormonal.
A reposição hormonal, segundo o Dr. Felipe, consiste em proporcionar benefícios tanto para homens quanto para mulheres. Para os homens, a terapia visa combater a queda da libido e a diminuição da produtividade, enquanto nas mulheres na menopausa, a reposição hormonal contribui para a manutenção da massa magra, prevenindo a osteoporose e a perda de densidade óssea.
“O objetivo da reposição hormonal é manter esses níveis ótimos, nada supra fisiológico, apenas para manter o organismo como era quando o vigor era maior, por exemplo, aos 35 anos”, destacou Dr. Nagliate.
No entanto, o médico ressalta que o procedimento não é apenas sobre a libido, sendo um fator multifatorial. Ele compartilha que estudos científicos indicam que apenas 30% da libido estão relacionados aos hormônios sexuais, como a testosterona. Outros elementos, como o estado psicológico, níveis de estresse e a qualidade das relações interpessoais, desempenham um papel crucial.
Ao abordar sobre o tratamento, Dr. Nagliate enfatiza a importância de um acompanhamento personalizado, considerando a interligação entre os hormônios. Para os homens, a reposição foca principalmente na testosterona, enquanto nas mulheres, é necessária a reposição de progesterona, estradiol e testosterona, devido às diferentes proporções naturais de produção hormonal.
“É crucial entender que a reposição hormonal é um conjunto de fatores e nunca deve ser isolada. Cada caso é único e a abordagem deve ser baseada na clínica do paciente”, ressalta o médico.
Dr. Felipe Nagliate destaca que, dentro dos parâmetros fisiológicos, os riscos associados à reposição hormonal são mínimos e que é fundamental desmistificar os tabus em torno desse tratamento. Ele enfatiza que a literatura científica é clara quanto à segurança da reposição hormonal, desde que seja realizada de forma cuidadosa e sob orientação médica.
“Na reposição hormonal bem feita e acompanhada, os benefícios superam os riscos. Muitas pessoas têm receios infundados, e eu procuro mostrar aos meus pacientes que, quando entendem os benefícios, acabam aproveitando uma vida mais plena”, enfatiza Dr. Felipe.
O nutrólogo destaca também a importância de adotar um estilo de vida saudável para otimizar os benefícios da terapia hormonal. Ele ressalta a prática regular de atividade física, uma alimentação equilibrada e a redução do estresse como elementos-chave para otimizar os benefícios do tratamento.
Em um alerta sobre os riscos associados à autoadministração, muitas vezes impulsionada por informações encontradas na internet, Dr. Nagliate orienta a busca por profissionais capacitados ao considerar a reposição hormonal. A automedicação influenciada por fontes não confiáveis, pode resultar em complicações que poderiam ser evitadas com uma abordagem clínica adequada.
Além disso, o Dr. Felipe esclarece que a reposição hormonal não se limita a métodos injetáveis, dissipando possíveis preocupações de pacientes. Ele destaca a variedade de opções disponíveis, como vias transdérmicas e orais e afirma que o avanço na pesquisa e na produção de materiais hormonais oferece alternativas mais acessíveis e menos invasivas.
“Existem muitos pacientes que perguntam se precisam tomar injeção todo mês. Hoje temos uma série de materiais a nível hormonal muito diferente do que foi há muito tempo atrás,” Finaliza Nagliate.

