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Analice Nicolau
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Dos gramados à internet: saiba como era a vida do influencer Buzeira antes da fama

Empresário tentou ser jogador de futebol e MC, além de ter trabalhado em uma multinacional do setor de logística

Analice Nicolau

11/08/2022 9h30

Empresário tentou ser jogador de futebol e MC, além de ter trabalhado em uma multinacional do setor de logística

Quem acaba de conhecer Bruno Alexssander Souza Silva, mais conhecido como Buzeira, não tem ideia do que o empresário e influencer que atinge milhões de pessoas nas redes sociais passou na vida.

Com mais de 1 milhão de seguidores em dois perfis no Instagram, Buzeira, 27 anos, se destaca como um dos influencers em ascensão na atualidade. No seu caso, com um detalhe bem relevante: a escalada de popularidade acompanha uma mudança substancial no padrão de vida.

Natural de Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo, Bruno Alexssander, muito antes de bombar nas redes sociais, tentou realizar o sonho de muitos meninos criados na periferia: ser jogador de futebol.

“Fiz vários testes, porém, não passava de jeito nenhum. Os olheiros me diziam que eu tinha muita força de vontade, mas era muito pequeno – e isso me desvalorizava como jogador”, conta o influencer.

Acontece que, quando tinha 16 anos, época dos testes nos gramados, o porte físico de Buzeira ainda era semelhante ao de um menino de 13 anos. “Como o futebol não estava dando certo, meu pai me disse que eu precisava ter um plano B”, lembra Bruno.

Dessa forma, o jovem decidiu tentar alcançar a fama em outra área: a música.

“Tentei ser MC. Percebi que tinha facilidade para escrever músicas, mas, no fundo, não me via cantando”, relata, explicando o motivo de não ter prosseguido na carreira artística.

Após trabalhar um período como ajudante no restaurante da mãe, Buzeira pediu socorro a um tio, que, na família, era referência do ponto de vista financeiro. Assim, distante dos gramados e dos palcos, o jovem passou a colaborar com o negócio de comércio exterior do membro da família, mal sabendo que esta experiência mudaria a sua vida.

“Meu tio me pagava um salário de R$ 350. Independentemente do valor, dei o meu melhor para aprender como a empresa funcionava. Chegou uma hora que ele viajava e deixava a administração sob os meus cuidados”, declara.

Com a experiência no setor aduaneiro, Bruno Alexssander conseguiu uma vaga na DB Schenker, empresa alemã líder global no ramo de logística, e entrou para a faculdade de Tecnologia em Comércio Exterior.

“Nessa época, comprei o meu primeiro carro, um Palio 1998, e a minha primeira moto, uma Burgman”, relembra. “Contudo, estava insatisfeito porque não conseguiu subir de cargo e as pessoas me perseguiam lá dentro por causa do meu estilo periférico. Vi que eu não me encaixava ali”, acrescenta.

Após ser demitido, Buzeira passou quase dez meses desempregado. Quando conseguiu uma recolocação em uma transportadora, foi mandado embora com apenas uma semana de trabalho, por divergências com o supervisor.

Apesar das baixas na carreira, ele não perdeu as esperanças. Uma empresa do segmento de comércio exterior, para a qual tinha enviado currículo dois anos antes, o chamou para uma vaga, em meados de 2017. Contudo, em 2020, durante a primeira onda da pandemia de covid-19, foi demitido.

“Diante disso, resolvi direcionar a minha carreira para a internet. Peguei o dinheiro da rescisão e investi no meu perfil. Investi tudo o que tinha e comecei e fazer sorteios no Instagram”, rememora.

O primeiro bem sorteado foi a sua própria moto. Apesar de ter demorado três meses para ser concluído, rendeu R$ 40 mil ao influencer em ascensão. Buzeira, tomando gosto pela atividade, resolveu que, a partir dali, iria comprar veículos e sorteá-los por meio das redes sociais.

Para aumentar o ritmo das rifas, Bruno Alexssander firmou parceria com outros influencers que tinham interesse na mesma atividade. Apesar de divergências ao longo do caminho, os “sócios” não pararam com os negócios.

Contudo, neste ano, Buzeira foi alvo de investigações. “Levaram todos os meus veículos, mas nada foi comprovado contra mim. Isso, na verdade, acabou me dando mais um empurrãozinho, pois foi o que me fez viralizar na internet”, afirma.

Aproveitando a repercussão em torno do seu nome, o influencer investiu em campanhas de marketing digital, cujo retorno rendeu aproximadamente R$ 3 milhões. “Hoje, estou muito feliz. Tenho uma filha chamada Valentina e um relacionamento de sete anos com a Hillary [Lima]. Só falta o casamento”

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