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Analice Nicolau
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Desvendando os Segredos do Coração: As diferenças cruciais entre infartos em jovens e idosos

Comorbidades, busca por auxílio médico e condições de saúde: as nuances que distinguem as gerações diante de episódios cardíacos

Analice Nicolau

29/01/2024 11h00

A preocupante prevalência das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes globais, destaca-se como um alerta para a sociedade. Entre as inquietações, surge a indagação: há diferenças substanciais entre os infartos que afligem os mais jovens e os que assolam os idosos?

Para esclarecer esse questionamento, conversamos com o renomado cardiologista do Hcor, Dr. Jorge Koroishi, que elucida as distinções cruciais. Segundo o especialista, as comorbidades, condições gerais de saúde e o tempo para buscar auxílio médico emergem como elementos distintivos entre as gerações diante de episódios cardíacos.

O cardiologista do Hcor, Dr. Jorge Koroishi

A análise do Dr. Koroishi destaca que, nos idosos, a intensidade do infarto muitas vezes está relacionada a comorbidades pré-existentes, e sintomas adicionais como fadiga progressiva, alterações na frequência cardíaca e tonturas merecem atenção. A calcificação das placas coronarianas em idosos, comumente rica em cálcio, oferece uma certa proteção, atenuando a gravidade do infarto.

Já nos pacientes jovens, a singularidade reside na incidência em um único vaso coronariano. No entanto, a relutância em buscar atendimento rápido, com diagnósticos tardios, pode resultar em complicações, incluindo insuficiência cardíaca e propensão a eventos futuros.

“Apesar das diferenças, as sequelas cardíacas são similares em ambas as faixas etárias. A chave é iniciar tratamento adequado, adotar medidas preventivas e manter hábitos saudáveis”, destaca o Dr. Koroishi. Ele enfatiza que, embora os problemas cardíacos possam começar a se manifestar por volta dos 30 anos, a prevenção e a mudança de hábitos são atemporais.

Portanto, a mensagem do especialista é clara: “Comece hoje, não amanhã.” O cuidado com o coração não conhece idade, e a busca por um estilo de vida saudável é o caminho para preservar a saúde cardiovascular em todas as fases da vida.

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