Problemas na coluna são a 3ª causa de aposentadoria por invalidez no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e requer mais tempo para ser descoberto pela Previdência Social. A entrada da endoscopia de coluna assim como de outras técnicas avançadas de tratamento das doenças da coluna no Rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pode trazer mais conforto para os pacientes.
O neurocirurgião especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de coluna, Marcelo Amato, contou que, “a procura pelo procedimento está crescendo e, provavelmente, continuará até que não se fale mais em cirurgia convencional, aberta, para algumas doenças da coluna, como hérnia de disco. Além disso, o procedimento ficará mais acessível a todos. Antes, muitos pacientes acabavam tendo que pagar particular porque não a conseguiam pelo convênio”, contou.
Apesar da ANS ter aprovado a cirurgia endoscópica de coluna apenas para hérnia de disco lombar, a técnica é utilizada para todos os segmentos da coluna e para diversas doenças da coluna que causam compressão dos nervos, como osteófitos (bico de papagaio), estenoses, cistos e tumores, além das hérnias de disco em outras regiões além da coluna lombar, como a coluna cervical e torácica.
Para o procedimento, é utilizado um endoscópio associado a uma câmera pelo qual o neurocirurgião acessa o local, remove a hérnia de disco ou outra lesão, e descomprime as estruturas neurais, com dano mínimo às estruturas da coluna, preservando ao máximo as articulações, ligamentos e musculatura, através de uma incisão de 0,8 a 1 cm, que é fechada com um ponto e recebe um pequeno curativo.
Como o procedimento é simples e exige apenas um corte pequeno, o trauma cirúrgico é mínimo e a recuperação é extremamente rápida. O paciente geralmente é operado e vai para casa no mesmo dia da cirurgia. Assim, reduz-se o tempo de afastamento do trabalho, sendo este um objetivo da ampliação da cobertura pelos planos de saúde.
“Na endoscopia, o olho do cirurgião vai para dentro do paciente através do endoscópio, exatamente onde está o problema. A visão do problema é melhor, e portanto, mais confortável para o cirurgião, mais seguro e eficaz para o paciente”, explica o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato.