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Analice Nicolau
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Bernardo Figueiredo lança livro onde conta sobre sua carreira de designer e arquiteto

A produção de mobiliário moderno, incluindo peças para projeto original do Palácio do Itamaraty em Brasília, dezenas de prédios projetados no Rio desde os anos 1960 marcam sua atuação

Analice Nicolau

21/09/2021 15h00

A produção de mobiliário moderno, incluindo peças para projeto original do Palácio do Itamaraty em Brasília, dezenas de prédios projetados no Rio desde os anos 1960 marcam sua atuação

A trajetória múltipla de Bernardo Figueiredo é revista e celebrada no livro “Bernardo Figueiredo: designer e arquiteto brasileiro”, que será lançado pela Editora Olhares no mês de outubro, em paralelo à exposição de mesmo nome no Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. O livro e a exposição fazem parte do projeto idealizado e produzido por Angela Figueiredo (produtora cultural, atriz e filha de Bernardo) e com supervisão de Adriana Figueiredo (cineasta, atriz, tradutora e filha de Bernardo).

Autoras do livro e curadoras da mostra, Maria Cecília Loschiavo dos Santos, professora titular de Design da FAUUSP, Amanda Beatriz Palma de Carvalho, doutora em Design, e Karen Matsuda, mestre em Design, ambas pela mesma instituição, tiveram o vasto acervo deixado pelo arquiteto e designer como ponto de partida para a pesquisa. O livro é bilingue em português/inglês com e tradução de Adriana Figueiredo, Emily Cavelier e Mark Farnen.


O lançamento será dividido em dois eventos. O primeiro será no dia 07 de outubro, em que ocorrerá uma mesa de debates virtual com as curadoras do livro e da exposição sobre a obra do Bernardo, na página do MCB. Neste encontro virtual, será liberada pré-venda dos livros para serem retirados pessoalmente no museu no dia 09 de outubro.


“A produção de Figueiredo está situada no cruzamento da arquitetura, urbanismo, design de mobiliário, design de interiores, cultura e suas inter-relações transdisciplinares. O que motivou estes cruzamentos? Bernardo foi um homem de pensamento aberto e sua identidade profissional sempre esteve imbricada com as condições culturais e sociais do Rio de Janeiro de seu tempo. Ele se envolveu em diferentes experiências profissionais e humanas, sempre com uma atitude aberta e positiva, expandindo suas práticas criativas em direções interdisciplinares e em constante fluxo no Brasil e no exterior”, diz Maria Cecilia Loschiavo.


Ao destrinchar o pensamento de um profissional multidisciplinar, que se formou no auge do período moderno e atuou com pioneirismo e sucesso em diversas tipologias, livro e exposição preenchem uma lacuna importante sobre os campos de arquitetura e design no Brasil na segunda metade do século XX, indo além de nomes de maior evidência para ampliar os conhecimentos do período.


Além dos textos das autoras, a obra traz uma apresentação assinada por Adriana Figueiredo e Angela Figueiredo, e conta também com prefácios do MCB e do diplomata Heitor Granafei, pesquisador do mobiliário original do Palácio do Itamaraty.


A narrativa parte do ambiente em que Bernardo cresceu, se formou e iniciou sua vida profissional, nos anos 1950, no Rio de Janeiro. A partir disso, faz uma revisão sobre sua atuação em capítulos sobre o design de móveis no auge da produção moderna; seu protagonismo no projeto do Itamaraty, um dos mais elaborados de Brasília; sua arquitetura, que inclui dezenas de edifícios no Rio de Janeiro; estandes premiados para feiras internacionais, participando da construção da identidade brasileira no período, projetos precursores de shoppings centers, sua experiência em Porto Seguro, onde morou, foi ativista de causas ambientais e desenvolveu um projeto urbanístico e, por fim, a volta de seus produtos ao público através da reedição de suas peças.

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