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Analice Nicolau
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Alerta Global: Estudo aponta que AVC pode causar 10 milhões de mortes anuais até 2050

Lancet Neurology destaca que países em desenvolvimento serão os mais impactados

Analice Nicolau

12/01/2024 16h00

No ano de 2023, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, revelou-se como uma das principais causas de óbito no Brasil, registrando 89 mil casos de morte, conforme dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil e informações da Rede Brasil AVC.

Uma dolorosa ilustração dessa estatística ocorreu recentemente no Paraná, onde uma criança de apenas 8 anos veio a óbito após queixar-se de dores de cabeça, alertando para a urgência em compreender e agir diante dos sintomas do AVC.

O panorama global também é sombrio, conforme alertado por um estudo publicado na revista científica Lancet Neurology. Estima-se que o mal súbito pode causar cerca de 10 milhões de mortes anuais até 2050, sendo os países considerados subdesenvolvidos os mais impactados. Em 2020, 6,6 milhões de pessoas perderam a vida em decorrência dessa doença, sendo a falta de consciência sobre o AVC identificada como uma das principais barreiras.

Diante desse cenário, o neurocirurgião Dr. Luis Alencar Biurrum Borba, atuante no Eco Medical Center, destaca a importância do atendimento precoce. Segundo ele, a janela de intervenção entre três e seis horas após os primeiros sintomas é crucial para reduzir os déficits neurológicos. Apesar dos avanços, Borba ressalta que o atendimento ainda está longe do ideal, mas técnicas endovasculares e medicações podem proporcionar resultados significativos.

O neurocirurgião do Eco Medical Center, Hugo Akio Hasegawa, reforça a máxima na neurologia: “Tempo é cérebro!”. Identificar o AVC rapidamente é essencial para reduzir o número de mortes e evitar sequelas graves. Entre os sintomas a serem observados estão fraqueza, confusão mental, fala enrolada, alteração da visão, perda do equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa.

Além disso, a matéria destaca fatores de risco, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, entre outros, e enfatiza a necessidade de prevenção. O Dr. Hugo destaca que até 80% dos AVCs podem ser evitados com um estilo de vida saudável, incluindo atividade física regular, alimentação adequada e controle de condições como pressão arterial e diabetes.

Diante desse contexto alarmante, a conscientização sobre o AVC torna-se crucial, assim como a implementação de medidas que possam aprimorar o atendimento e prevenir essa grave condição de saúde pública.

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