Menu
Analice Nicolau
Analice Nicolau

Adriano Dolph conta sobre sua carreira e afirma qual foi sua maior realização profissional

Com passagens pela TV Gazeta e Conmebol TV, jornalista criou plataforma de jornalismo esportivo e escreveu um livro

Analice Nicolau

21/12/2023 12h30

Tendo se interessado pelo jornalismo ainda quando era adolescente tinha 14 ou 15 anos, Adriano Dolph gostava muito de escrever redações e dissertações, e das aulas de Língua Portuguesa no colégio. Adriano também revela que antes disso ele já tinha uma fixação sobre grandes acontecimentos e sobre acompanhar o noticiário esportivo, então nessa época ele já tinha certeza de que cursaria Jornalismo.

Adriano cobrindo a corrida de São Silvestre, pela TV Gazeta

 Adriano conta que sua primeira experiência no jornalismo foi um estágio que ele conseguiu na TV Gazeta, por intermédio de um membro da Atlética da Cásper Líbero, que foi aonde ele iniciou a sua graduação em 1994. O estágio de 1 ano e meio nos programas Gazeta Esportiva e Mesa Redonda abriu portas para a carreira de Adriano, já que 6 meses após a sua formatura, ele foi contratado pela TV Gazeta, na qual trabalhou por 21 anos.
Na TV Gazeta, Adriano conta que começou como pauteiro, depois se tornou produtor, coordenador de transmissões, editor, até que de 2006 a 2019 ele ficou responsável por reportagens esportivas, cobrindo competições como ligas de basquete e vôlei, além de participar de programas como comentaristas.
“Meu grande sonho era trabalhar como repórter, ser repórter esportivo e eu acabei realizando. Eu fui repórter durante 15 anos, apareci em programas da TV, como Mesa Redonda e Gazeta Esportivo, apareci também como comentarista. Eu tinha esse sonho na infância, depois de formado, e consegui realizar. No jornalismo esportivo acho que a principal característica sempre foi de lidar com as notícias, lidar com as informações que a gente tinha a respeito, investigar, correr atrás da notícia, não ficar satisfeito com o que a gente recebia de respostas, sempre querer incomodar. Acho que a principal função do jornalismo é incomodar e o repórter não se acomodar com ele recebe de informação”, afirma Adriano.
Após a sua saída Gazeta, ele esteve envolvido em outros projetos como na transmissão para o exterior, para mais de 100 países do Campeonato Brasileiro Série A, pelo Brasileirão Play; transmissões do streaming DAZN; e como host da Conmebol TV em jogos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana, realizando perguntas para técnicos e jogadores, antes e depois das partidas.
Além de trabalhar como jornalista esportivo, Adriano também escreveu um livro, “Fevereiro em Chamas”, publicado em 2022: “Depois de formado, nos 20 anos do incêndio do edifício Joelma eu me interessei muito por esse tema. Até que nos 30 anos eu decidi começar a escrever um livro. Comecei escrever esse livro em 2004, eu fiquei 15 anos escrevendo e produzindo esse livro, até que em 2022 eu lancei esse livro, que contava sobre os 3 grandes incêndios da cidade de São Paulo, sobre os incêndios dos edifícios Joelma, Andraus e Grande Avenida. Foi um livro muito difícil, muito complexo, um tema que envolve o sentimento de muitas pessoas, familiares, pessoas que perderam a vida. Nesse assunto dos e incêndios eu busquei referências e temas em diversas áreas desde os processos criminais e cíveis, a investigação da Ditadura Militar, sobreviventes, familiares, heróis, os funcionários do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, autoridades, entrevistas inéditas, advogados. Além dos temas relativos aos incêndios, muitas lendas, muitas informações falsas foram divulgadas ao longo desse tempo todo, então eu procurei checar e ir atrás da informação verdadeira, da informação correta, e trazer um jornalismo de qualidade para um tema que desperta o interesse de muitas pessoas”.
Adriano conta que, embora o jornalismo esportivo foi o que tenha feito ele se apaixonar pelo jornalismo, a sua maior realização profissional foi a publicação deste seu livro: “Meu outro sonho era escrever um livro, era um tema que sempre me interessei, acho que faltava site, jornal, bibliografia a respeito desses assuntos, então eu sempre buscava na Internet, no Google, referencias bibliográficas sobre o incêndio desses 3 prédios, não encontrava muita coisa, então decidi escrever o livro. Consegui conciliar com o meu trabalho de repórter na TV Gazeta, depois que eu saí dela, em agosto de 2019, eu fui atrás da finalização do livro. Fiquei 2 anos finalizando reportagens, entrevistas, fui em arquivos e fiquei finalizando também a escrita do livro, que foi lançado em fevereiro de 2022. Fiquei muito feliz com o resultado. Acho que a grande obra da minha vida foi esse livro”.
Enquanto escrevia esse livro, Adriano revela que se interessou por outras áreas do jornalismo, como o jornalismo de dados, pesquisando arquivos, fotos, processos criminais; jornalismo investigativo indo atrás de informações, números. “Tenho certeza que, obviamente, eu cresci no jornalismo esportivo, mas o jornalismo também é uma área que eu me apaixonei, que eu tenho muito interesse, tanto que eu consegui finalizar o livro, que trouxe à tona uma série de revelações e informações inéditas”, declara Adriano.
Adriano relata que quando ele saiu da TV Gazeta, ele possuía a ideia de migrar para o jornalismo corporativo já que havia feito uma pós-graduação, eu tinha a ideia de trabalhar com redes digitais, mídias sociais, e/ou na área corporativa como social media ou como mestre de cerimônias, já que interessava ele por trabalhar com eventos. Contudo, veio a pandemia de COVID-19. Com isso, Adriano decidiu o Goool de Placa, projeto digital na área de esportes, que está em ativa até hoje.
“Reuni várias pessoas do esporte, pessoas que trabalharam comigo também no esporte, e hoje tem muito jovens recém-formados que estão no projeto, e tem também um encaminhamento de aperfeiçoamento para eles na área do jornalismo esportivo, onde eu procuro dar uma guiada, mostrar um caminho, dar oportunidade para eles trabalharem em diversas áreas do web-rádio, tem também criação de conteúdo digital, tem uma série de mídias digitais, mas principalmente das transmissões esportivas em rádio web, essa é nossa principal empreitada. Hoje a gente está liderando alguns segmentos, por exemplo no Facebook, estamos com várias transmissões com ótimos índices de audiência, transmitimos também pelo Youtube, Twitch TV, nas mídias mais recentes, com público mais jovem, estamos tendo resultados muito interessantes”, explica Adriano sobre o trabalho realizado no Goool de Placa, que realiza transmissões de eventos esportivos, excetos os organizados pela FIFA.
Para o futuro de sua carreira, Adriano planeja continuar sendo convidado para trabalhar em eventos como host e dar sequência no Goool de Placa, que já teve transmissões com 50 a 60 mil visualizações no Facebook e com 10 mil visualizações na Twitch TV. “Tenho também a intenção de um dia voltar a escrever um livro, nessa área dos grandes incêndios, tenho material para, talvez, produzir mais uma obra, mas isso ainda está no forno, está num projeto muito embrionário, fiquei 15 anos no outo livro, então quis dar descanso como escritor. Mas sim, pretendo voltar a escrever um livro nessa área e claro, que com todo o conhecimento e bagagem nesses 15 anos, me tornar uma referência no assunto”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado