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Analice Nicolau
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‘’A gente tem que se importar com o que a gente fala, não os outros’’, dispara Geovanna Pilar, uma inspiração de força de autoestima

A menina de 9 anos, acometida pelo Piebaldismo, dá aula de amor-próprio, autoestima e de como calar o preconceito

Analice Nicolau

27/10/2021 16h00

A menina de 9 anos, acometida pelo Piebaldismo, dá aula de amor-próprio, autoestima e de como calar o preconceito

Quando você escuta Geovanna Pilar falando ou a assiste em seus vídeos em sua conta no Instagram (@geovannapilar_), nem imagina que estamos falando de uma criança de nove anos. A nova influenciadora chama a atenção, obviamente, pela forma segura com que fala e expõe suas opiniões, mas principalmente sobre a forma como lida com o preconceito sem perder a ingenuidade de criança.

Geovanna é acometida pelo Piebaldismo, uma mutação genética, muito parecida com o Vitiligo, na qual o indivíduo não tem um número suficiente de células produtoras de melanina (melanócitos), o que resulta em áreas no corpo com ausência de pigmento, além de não ser transmissível. Pode ser que nasçam na cor branca desde manchas na pele a fios de cabelos (principalmente na fronte), cílios e sobrancelhas. E a mãe de Geovanna, Roseli Pereira, conta que notou desde o primeiro dia uma mechinha branca no cabelo da filha — que vários familiares também têm — e depois de quinze dias, notou na pele também. Foi aí que a mãe procurou um médico para descobrir o que seria e nenhum dos médicos sabiam o diagnóstico. E com muita garra, Roseli através de livros, conseguiu descobrir o que a filha tinha, que por muitas vezes é diagnosticado como Vitiligo, sendo que o Piebaldismo não cresce e não aumenta por ser genético.

A mãe conta que no começo foi muito difícil lidar com o preconceito e o olhar das outras pessoas, mas que foi desenvolvendo muita força para passar para a filha. E conseguiu! Geovanna dá aula de força e garra: “Não acho legal [o preconceito], porque elas não gostariam se fossem com elas. E isso magoa, mas tem pessoas que não ligam, como eu. A pessoa pode falar que eu não vou abaixar por causa dela, o que importa é que eu acho que eu sou bonita”, dispara. A modelo conta que aprendeu a lidar com sua característica especial com a família, que lhe explicaram que ela só tinha uma característica diferente, mas que é normal.

A internet entrou na vida dela há pouco tempo e conta que depois de um tempo fez postagens e as pessoas foram conhecendo sua história. Seu intuito é usar a internet como ferramenta para fazer as pessoas se amarem e se respeitarem, como ela mesma explica. E qual a sua maior inspiração? “Primeiramente Deus e em segundo, minha família. Que me incentivou a ter força”, conta com a doçura de criança. O maior sonho de Geovanna é o de ser professora, mas “enquanto for criança”, como ela mesma diz, quer ser modelo.

Mas o conselho para lidar com o preconceito vem com a ingenuidade de criança, mas com a força de uma adulta: “Que as pessoas não se magoem com o que os outros que tem o coração ruim falam (…) e não se importe com o que os outros falam. Na vida, a gente chora, sorri, fica triste, fica com raiva, isso é normal, mas o que a gente tem que se importar é com o que a gente fala, não os outros. Se você colocar uma roupa e ninguém gostar, e você colocou porque você gostou, é isso que importa. O que importa é o que você acha e gosta e não os outros”, diz Geovanna.

Gigi tem mais de sete mil seguidores em seu Instagram e posta diariamente vídeos inspiradores e carinhosos para inspirar cada vez mais pessoas a serem boas com os outros e praticar o respeito.

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