Como a humanização do crédito pode libertar empreendedores para inovar
Por trás de cada CNPJ, pulsa um sonho. A coragem de empreender, de gerar empregos, de transformar uma ideia em realidade. Mas o que acontece quando esse sonho se torna um pesadelo financeiro? A resposta está na dura realidade que assola o Brasil em 2025, atingimos a marca recorde de 8 milhões de empresas no vermelho. É uma crise silenciosa que transforma visionários em reféns de boletos.
Os números são um soco no estômago. Segundo dados da Serasa Experian, 31,6% dos negócios ativos no país estão inadimplentes. A maioria esmagadora, 6,8 milhões, são micro e pequenas empresas (MPEs), que carregam nas costas uma dívida que ultrapassa R$141,6 bilhões. É uma angústia que tira o sono, sufoca a criatividade e ameaça projetos de vida construídos com suor e sacrifício. O ciclo de juros altos e crédito inacessível parece um labirinto sem saída, onde 60% das MPEs não sobrevivem aos primeiros cinco anos.
Mas em meio a este cenário árido, brotam sementes de esperança. Igor Lopes uma mente inquieta com mais de 30 anos de experiência contábil e hoje CEO do IPL Contábil e do CK Bank, desafia o status quo do sistema financeiro, que muitas vezes parece um gigante indiferente ao drama do empreendedor. Ele propõe o que chama de “bancarismo humano”.
“O banco não pode ser apenas um credor. Ele precisa ser um parceiro estratégico, que entende a dor e o potencial de cada negócio”, defende Pereira. A filosofia que ele implementa no CK Bank usa a tecnologia não para criar barreiras, mas para construir pontes. Imagine uma plataforma que oferece uma visão completa do seu negócio, antecipa problemas e sugere soluções personalizadas, liberando o empreendedor para focar naquilo que só ele pode fazer; inovar.
Essa nova forma de enxergar o mercado financeiro une gestão de pagamentos, crédito consciente e até soluções de sustentabilidade, provando que é possível lucrar e, ao mesmo tempo, gerar impacto positivo.
A jornada do empreendedor é, por natureza, solitária. Mas ela não precisa ser uma sentença de isolamento financeiro. A iniciativa de líderes como Igor Pereira nos mostra que há um caminho para fora do cativeiro. A verdadeira questão é se estamos dispostos a trocar a desconfiança pela parceria e, finalmente, libertar nossos empreendedores para que possam voltar a fazer o que fazem de melhor, sonhar e realizar.