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Analice Nicolau
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10 mitos sobre a reposição hormonal: especialista tira as principais dúvidas sobre o tema

Dra. Maria Carolina Dalboni Amaral, ginecologista e obstetra especializada em Reposição Hormonal, desmistifica afirmações polêmicas sobre o assunto

Analice Nicolau

28/08/2023 14h00

Quando falamos em reposição hormonal uma série de dúvidas costuma a surgir. Muita gente até defende que faz mal ao corpo, outros afirmam que a mulher engorda, entre outras informações falsas.

A ginecologista e obstetra Dra. Maria Carolina Dalboni Amaral, especializada em Reposição Hormonal, comenta sobre as mentiras que rondam a área e elaborou uma lista com 10 mitos acerca do tema.

Os dez mitos sobre Reposição Hormonal:

1) “A reposição hormonal aumenta o peso corporal”

Mito
Ela ajuda e melhorar a composição corporal, uma vez que acelera o metabolismo. Quando há diminuição dos hormônios na menopausa, o acúmulo de gordura abdominal é uma tentativa do nosso corpo de manter a produção do estrogênio. Quando os hormônios são equilibrados ajudamos à paciente manter o formato do corpo da melhor forma possível. Além disso, ajuda na perda de peso;
Não há restrições para se fazer reposição hormonal.

2) “Toda mulher pode fazer”

Mito
Não são todas as mulheres que podem se submeter a este tratamento. Há algumas doenças que impedem de se fazer a reposição hormonal. Pacientes em tratamento efetivo do câncer de mama não podem fazer. É preciso uma avaliação médica criteriosa para avaliar se a paciente pode ou não realizar este tratamento hormonal;

3) “Quanto maior a dose do hormônio maior a resposta do corpo”

Mito
Antigamente se acreditava que quanto maior fosse a reposição hormonal, com estrogênio em doses bem altas, por exemplo, a resposta seria melhor. Hoje em dia sabemos que isso não é verdadeiro. Fazemos em baixíssimas doses (micro doses de acordo com o peso corporal), e de acordo com o estilo de vida da paciente com resultados bem satisfatórios;

5) “O tratamento oral é o mais indicado”

Mito.
Não é o tratamento mais indicado. Primeiro por conta da metabolização hepática – o fígado tem que ser preservado. O único hormônio que podemos fazer via oral é a progesterona porque tem uma resposta muito boa. A melhor via de administração é a transdérmica ou subcutânea;

6) “Podemos repor apenas um hormônio”

Mito
Toda vez que pensamos em reposição hormonal pensamos em equilíbrio. Normalmente na menopausa avaliamos a necessidade de reposição do estrogênio e da progesterona (que devem caminhar juntas para não provocar efeitos colaterais), além da testosterona;

7) “A reposição hormonal avalia apenas os hormônios sexuais”

Mito. A avaliação deve ser minuciosa acerca de todos os hormônios do organismo como os da tireoide, cortisol, insulina, serotonina, prolactina, etc. Muitas vezes temos que preparar as pacientes com suplementação;

8) “A reposição hormonal não é indicada para prevenir doenças”

Mito
O tratamento pode prevenir enfermidades, inclusive a osteoporose. As doenças cardiovasculares também podem ser prevenidas.

9) “Não serve para melhorar o humor”

Mito.
No tocante à melhora de humor, a reposição pode melhorar a depressão e o mau humor. Os hormônios envolvidos (estrogênio, progesterona e testosterona) têm ligação direta com hormônios como dopamina, serotonina, ocitocina, etc;

10) “Reposição hormonal nada tem a ver com a saúde da pele (derme)”

Mito
Sim, ela é capaz de melhorar o aspecto da pele. Ela ativa a síntese de colágeno, mantém a lubrificação, e a pele fica mais viçosa, com brilho. Pode atenuar até o surgimento de pequenas rugas;

Bônus:

“Não melhora a libido”

Mito Em reposições hormonais feitas de modo correto, é possível que haja uma melhora substancial na qualidade de vida sexual da mulher.

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