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Além do Quadradinho
Além do Quadradinho

Marcelo Jeneci traz Guaia à capital

O Festival Mova retorna ao quadradinho e o cantor Marcelo Jeneci chega à capital com Guaia, seu último álbum

Thaty Nardelli

31/05/2022 9h55

Atualizada 06/02/2023 17h46

Marcelo Jeneci. Foto: Jorge Bispo

Marcelo Jeneci. Foto: Jorge Bispo

Por Thatyane Nardelli

Com a volta dos grandes festivais ao calendário cultural, Brasília recebe um dos principais eventos de música, arte e diversidade da capital. Após um hiato de dois anos, o Festival Mova retorna ao quadradinho, nos dias 4 e 5 de junho, nos bosques atrás da Arena BRB Nilson Nelson.

Entre grandes atrações, o cantor Marcelo Jeneci, um dos ícones da nova Música Popular Brasileira (MPB), que chega à capital com Guaia, seu último álbum, lançado em 2019 – quase um presságio ao início da pandemia da covid-19, com melodias cheias de acalento e letras que “mesmo sem o recorte da palavra, é capaz de gerar emoções diferentes em pessoas”.

Guaia, que incorpora sonoridades nordestinas, lugar de onde sua família saiu, é um álbum que abraça – uma mistura de lembranças, afetividade e cultura.

“Estou chegando com uma banda bem calorosa para fazer um show de ponto de encontro musical, transformado em um ponto material”, conta Jeneci. “Agora que estamos liberados para estar no mesmo espaço, se abraçar, se provocar, afetar e ser afetado, tenho sempre a intenção de levar músicas que agradam o público, como as mais conhecidas, mas também canções menos conhecidas e inéditas”, revela.

No álbum, o cantor canta sua infância e vivência adulta, desde a rua em que nasceu até o que aprendeu enquanto músico consagrado. “Agradeço a grandes autores, como Chico César, Arnaldo Antunes, Luiz Tatit e a Tribo Yawanawa, e creio que essas narrativas vão nascendo sem que a gente escolha. Eu fui escolhido para falar sobre algo que vivenciamos e precisa ser colocado pela boca”, explica. “Seja de um sentimento afetivo ou senso de urgência político, mas a saída é para dentro, a gente vai se lapidando e continuar maturando o próprio fruto, como pessoas que vão se fazendo a partir daquilo que se ouve, por isso, escrevo e parto sempre disso até chegar à festa”, lembra Jeneci.

Para este show no Mova, Marcelo “vem com muita sede, fazer um festejo, não só no palco, mas o público pode esperar da nossa parte uma imensidão faminta e sobretudo tirar do corpo poemas do corpo, com um show cheio de grandes sucessos e vida querendo vida”.

Ao Jornal de Brasília, Jeneci contou que vem ao quadradinho com um single novo, mas no período pós pandemia, voltando aos palcos, com “tudo que vai ter diferente no show, vai assumir meu lugar de origem, pensando em expressar no outro e incentivar o estado de poesia e liberdade”, revela. “Ao construir músicas e shows, com um centro de urgência mais acentuado nas minhas raizes”, acentua.

Para o JBr, Janeci disse que, no meio desse período pandêmico, “precisamos olhar cada vez mais para si, sem se perder no varejo”. Além disso, cantou uma parte do seu novo single, revelando que precisamos ser livres e nos mostrar com as ferramentas que temos à mão para construir novos projetos, com um senso de urgência que precisamos viver.

Marcelo traz em seu um single inédito, que diz “coco de usina sertão, coco de praia pra ver, o mangue na remissão, cem anos para renascer. Que essa vida não é nada, poeira e pó disparada, deixei a dor cancelada, para ver jardim florecer”, cantou Janeci.

Os ingressos para o Festival Mova estão no 2º lote, na meia entrada, e podem ser comprados por R$70, para cada dia de evento, com a doação de 1kg de alimento não perecível. “É importante estar em Movimento”, diz Jeneci. As vendas acontecem no site Sympla.

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