Menu
Além do Quadradinho
Além do Quadradinho

Com voz doce e firme, Andreza Marques lança “Cura das Águas”

Conheça a trajetória da cantora brasiliense e assista ao clipe, gravado em uma cachoeira

Thaty Nardelli

03/04/2023 11h52

Foto: arquivo pessoal

Andreza Marques nasceu em Santo Antônio do Descoberto (GO), Entorno do Distrito Federal, mas aos 2 anos se mudou para Brasília. A cantora de voz firme e doce, quando criança, fez parte do coral de sua igreja e admirava as canções de Elis Regina, uma de suas grandes referências, ouvidas por sua mãe. “Fiquei encantada com aquela voz, presença de palco e entrega. Ali eu descobri que gostaria de fazer aquilo”, revela.

Desde os 10 anos, gosta de escrever e compor letras musicais. Durante sua adolescência, fez parte do grupo de alunos da Semana de Arte Moderna recriada pelo colégio no ensino médio. E foi além… Colaborou no projeto de base de coral e orquestra juvenil do maestro Ricardo Castro, aprendeu a tocar violino e atuou em programações culturais e festivais no quadradinho.

Seguindo seu grande sonho, ela estudou sozinha para entrar na Escola de Música de Brasília (EMB) em 2017, onde cursou canto popular e concluiu o curso dando asas à sua grande paixão. Em 2020, recebeu premiação de 1º lugar no “Festival Na Nuvem”, realizado pela EMB. Hoje, aos 25 anos, celebra o lançamento de seu primeiro single, “Cura das Águas”.

Foto: arquivo pessoal

Como e quando a música entrou na sua vida?

A música entrou na minha vida de forma despretensiosa, em casa mesmo, ouvindo Djavan, Elis Regina, Milton Nascimento, Gilberto Gil e artistas do meio gospel. Aos 10 anos, entrei para o coral da igreja que eu frequentava e fiquei ali por um tempo. Aos 15, conheci uma ONG com um projeto de orquestra e coral juvenil no Guará. Comecei tocando violino na Orquestra Metropolitana de Brasília, do maestro Ricardo Castro. Uma experiência surreal, pois, música erudita eu só via na televisão até então. Um dia nos apresentamos no Teatro Plínio Marcos, na Funarte, e nesse momento eu senti que amava o palco.

Quando você começou a enxergar a música de forma profissional?

Após entrar na Orquestra, ter experiências em corais, comecei a me apresentar cantando na escola em que estudava, e isso foi ficando cada vez mais intenso até que eu decidi me profissionalizar no curso de canto popular da Escola de Música de Brasília, e foi lá que eu adquiri segurança e bagagem musical para enxergar de forma profissional. Fora que, ter contato com músicos e musicistas reais que vivem disso foi essencial para eu compreender que é possível. Então, em 2018, eu construí um repertório dentro do que eu gostava de estudar e comecei a me apresentar.

Depois de algum tempo estudando canto e já no meio musical você lança “Cura das Águas”. Como foi a construção desse projeto?

A música veio em um momento de sensibilidade e fim de ciclo que vivi, estava em frente ao mar e clamei que fosse curada das dores do amor que ficou para trás. Comecei a cantarolar o refrão, peguei o celular e gravei. Quando voltei à Brasília, mostrei a uma amiga, a Laila, que também é parceira de música e nós pensamos no arranjo juntas, fui mostrando a música para outras pessoas e sempre com um feedback muito positivo. Acredito que foi a melhor forma de passar por esse momento, vivendo com intensidade as minhas emoções, deixando-as fluir e ser arte. A arte cura e renova as esperanças. A vida é para quem tem coragem!

Para compor a música, usamos diversos instrumentos, como percussão, bateria, violão, guitarra, baixo e flauta, além de sons de cachoeira e o estilo musical ijexá (típico dos terreiros de Candomblé e da música popular brasileira).

Contei com parceiros incríveis para materializar esse sonho: Victor Hugo Moreira (produção musical, mixagem e masterização), Laila Emanuely (violão e arranjo), Matheus Vila Nova (percussão e bateria), Vinicius Campos (guitarra), Tales Portugal (efeitos na flauta e assistente de produção), Hyago Pinheiro (contrabaixo elétrico) e G2D Produções Musicais (estúdio de gravação).

Foto: arquivo pessoal

Você escreveu “Cura das Águas” na beira do mar e gravou o clipe em uma cachoeira…

Eu sempre senti como a energia da natureza é poderosa para nos conectar com o nosso âmago. A música foi composta de forma espontânea, de frente ao mar, então imaginei que gravar o clipe no mesmo contexto adaptado ao cerrado seria o ideal para ilustrar a emoção que gostaria de transmitir na música. Contei com Dani da Silva (direção e edição de arte) e Paulo Raimundo (direção de fotografia).

Assista ao clipe de “Cura das Águas”:

Tem alguma apresentação ou momento da sua carreira que se destaca de todos os outros? No ano de 2022 eu comecei a apresentar um show com música brasileira e jazz com banda e tem sido muito satisfatório. Espero alcançar públicos maiores e cantar para o Brasil todo. Mas no geral, esse momento de lançamento da carreira autoral é o mais importante até aqui. Abro portas para muitas novas composições, shows, lugares e pessoas. Amo demais o que faço e quero transbordar esse amor!

Como tem sido sua experiência com a cena cultural do DF?

A cena cultural do DF é muito rica e inspiradora, a quantidade de artistas potentes criando nessa cidade é surreal, me sinto honrada de viver essa cidade histórica. Mas acredito que precisamos de mais palcos para os artistas, inclusive a abertura do nosso Teatro Nacional que está fechado para reformas há tempos, queremos a abertura! No mais, viva a cultura de Brasília! Procurem conhecer os artistas locais, fortalecer a cultura de onde vivemos é valioso.

Vou ficar muito honrada se vocês escutarem a minha música autoral “Cura das Águas’’ Eu agradeço profundamente a oportunidade. Lutem pelos seus sonhos!

Acompanhe Andreza Marques:
YouTube | Spotify | Instagram

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado