O Vaticano entrou oficialmente em período de transição nesta segunda-feira (21), com o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, na Casa Santa Marta. Com sua morte, a Igreja Católica dá início a uma série de ritos e procedimentos que marcam o fim de um pontificado e a preparação para a escolha de um novo líder.
O cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Sé, confirmou o falecimento e assumiu a responsabilidade de conduzir os ritos da chamada sede vacante, fase em que não há papa em exercício. Durante nove dias consecutivos, missas serão celebradas em homenagem ao pontífice argentino, enquanto os preparativos para o conclave seguem em andamento.
O funeral de Francisco será marcado pela simplicidade, seguindo orientações deixadas por ele mesmo em vida. O velório ocorrerá na Basílica de São Pedro, mas sem o tradicional catafalco elevado. Diferente dos papas anteriores, ele será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em um caixão de madeira simples — escolha que rompe com a tradição de enterros nas Grutas Vaticanas.
O conclave que escolherá o novo Papa deve ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio, reunindo 135 cardeais com menos de 80 anos. Para a eleição, é necessária uma maioria de dois terços dos votos. O mundo aguardará o anúncio do sucessor com a tradicional fumaça branca, acompanhada da proclamação “Habemus Papam”.
Entre os nomes mais comentados para a sucessão estão os cardeais Pietro Parolin, da Itália, Luis Antonio Tagle, das Filipinas, e Robert Sarah, da Guiné — figuras que representam diferentes visões e regiões do catolicismo global.