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Papo Distrital

Fogo amigo: saúde x saúde

Lucas Valença

04/03/2020 17h48

Uma disputa velada vem chamando a atenção nos bastidores da política de uma falta de cooperação entre o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF, comandado por Francisco Araújo, e a Secretaria de Saúde, gerida por Osnei Okumoto.

Servidores da pasta palaciana vêm reclamando pelos corredores que estão sendo barrados, mesmo identificados, nos hospitais e postos ligados ao Iges-DF. Além de barrados estes funcionários palacianos não estão tendo acesso a informações do Instituto.
A resposta recebida pelos servidores é clara, para acessarem o Iges-DF terão de ser identificados pelo próprio instituto. O problema é que, mesmo com uma certa independência funcional, o órgão é, em tese, subordinado à Secretaria de Saúde, já que o presidente do Conselho de Administração é justamente o secretário palaciano, Osnei Okumoto.

Vale lembrar também que o governo chegou a anunciar que os hospitais da cidade teriam porta aberta nas suas respectivas emergências, mas os hospitais do Guará, de Sobradinho ou de Taguatinga, por exemplo, que são subordinados à Secretaria de Saúde, estão com dificuldades de transferir pacientes para os hospitais controlados pelo instituto.

A coluna buscou uma fonte importante do Iges-DF que explicou que os servidores da secretaria não possuem livre acesso às dependências dos hospitais e UPAs ligados ao instituto, mas reforçou que a exigência do crachá do Iges é uma questão de segurança e controle dos lugares.

Esta mesma fonte defendeu que o instituto não é subordinado à pasta palaciana e que o Conselho Gestor opina sobre as diretrizes e metas da saúde. Sobre a transferência de pacientes, disse que o recebimento de doentes depende da demanda e disponibilidade.

A separação do sistema, no entanto, está clara, mas a saúde é a mesma.

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