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Papo Distrital

CLDF: reeleição de Prudente pode subir no telhado

Prevista para acontecer no fim do ano, a eleição para a Mesa Diretora do Legislativo local já se iniciou nos bastidores da política.

Lucas Valença

11/03/2020 11h23

Rafael Prudente. Foto Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Prevista para acontecer no fim do ano, a eleição para a Mesa Diretora do Legislativo local já se iniciou nos bastidores da política. O atual cenário, no entanto, é desfavorável à recondução do atual presidente que precisará corrigir os problemas caso queira ter uma chance de se manter na função por mais dois anos.

O desgaste criado pelas promessas não cumpridas da última semana de votações de 2019, acordadas juntos a integrantes do alto escalão do governo local, que teve quase todos os projetos aprovados, recaiu e ainda se mantém sobre os ombros de Rafael Prudente. O atual presidente também é filiado ao MDB, o mesmo partido do governador Ibaneis Rocha que não demonstra que terá uma aproximação com os distritais tão cedo.

É entendido por parlamentares influentes, e que podem vir a decidir a eleição, que, ao longo do primeiro ano à frente do Legislativo, a direção da Mesa Diretora se mostrou inclinada aos interesses palacianos. Mas os políticos da Casa querem alguém que possa defender os interesses dos próprios deputados mesmo que desagrade o governador ibaneis.

Um destes parlamentares foi direto. Diz ele, entre aspas: “se o governador não mostrar que é flexível com os deputados, porque os distritais colocariam um presidente dócil por mais dois anos?”, fecha aspas.

Em resumo, a reeleição de Rafael Prudente dependerá da relação do Palácio do Buriti com os demais representantes populares.

Por outro lado, na onda do descontentamento está o experiente Agaciel Maia que já começa a atuar nos bastidores para ganhar cada vez mais espaço. Com influência agora no Detran e na administração de Águas Claras, o presidente da CEOF tem se fortalecido perante o palácio.

Agaciel Maia já faz parte do bloco evangélico, com sete integrantes, então caso venha a ser candidato, à revelia do vice-presidente da CLDF, Rodrigo Delmasso, que também deve querer se lançar, Agaciel dependerá única e exclusivamente do Centrão para formar maioria, já que parte da oposição deve endossar a sua candidatura.

O Centrão, portanto, caso se mantenha firme até a data do pleito, terá em mãos os votos de Minerva. Por essa razão, a composição do restante da Mesa Diretora e a relação com o Buriti serão decisivos para a escolha do futuro presidente e da relação entre Poderes.

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