Roberto Burle Marx nasceu em São Paulo, no dia 4 de agosto de 1909. Ainda criança, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro e foram morar em um casarão onde o pequeno Roberto começou a colecionar plantas e a cultivar mudas.
Ao 19 anos, devido a um problema nos olhos, Burle Marx foi com a família para a Alemanha em busca de tratamento. Lá, ele conheceu o trabalho de artistas como Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh, despertando no rapaz o desejo de estudar pintura.
De volta ao Rio de Janeiro, incentivado pelo amigo Lucio Costa, entrou para a Escola Nacional de Belas Artes, onde conviveu com alunos que se tornariam arquitetos de renome, como Oscar Niemeyer, Hélio Uchoa e Milton Roberto.
O primeiro projeto de jardim público feito por Marx foi a Praça de Casa Forte, no Recife, em 1934. No ano seguinte, ao projetar a Praça Euclides da Cunha, na capital pernambucana, resolveu afastar-se das tendências europeias e ornamentou o local com plantas da caatinga e do sertão nordestino. O terraço-jardim que criou para o edifício Gustavo Capanema, obra de Niemeyer no Rio de Janeiro, é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro.
Burle Marx veio para Brasília a pedido de Lucio Costa, onde fez o paisagismo do Eixo Monumental e da 308 Sul, os jardins do Palácio do Itamaraty, do Palácio da Justiça, do Teatro Nacional, do Tribunal de Contas da União e a Praça dos Cristais (Setor Militar Urbano).
Há mais de 2 mil obras de Marx pelo Brasil e pelo mundo, como em Longwood Gardens (EUA), em Caracas (Venezuela), no Aterro do Flamengo (Rio de Janeiro) e no Parque Burle Marx (São Paulo).
O paisagista morreu em 1994, em consequência de um câncer.