A assessoria da liderança do Republicanos no Senado negou que a brasiliense Damares Alves pense em se transferir para o PL após a indicação de um deputado da legenda para integrar o governo Lula.
Como essa nomeação, mesmo se efetivada, não vinculará o voto da bancada, não haveria problemas para Damares continuar no partido e manter sua postura oposicionista. Da mesma forma, o líder da bancada no Senado, Mecias de Jesus, permanecerá na legenda e se manterá na oposição. Damares não votará com o governo e não se sente pressionada.
“Nosso partido tem postura equilibrada e serena, não de gritar e berrar. Não mudaremos essa atitude mesmo se o Silvinho for para o governo”, assegurou. Ela disse ainda que tem garantias do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, de que o partido não entrará de forma oficial no governo, e que a eventual indicação de Costa se deve a uma relação individual dele com Lula.
“O Republicanos respeita muito a objeção de consciência, tem valores definidos em defesa da vida, da família, dos valores cristãos. Esses são inegociáveis”, avisou a senadora.
Saia justa
A propósito, Damares deixou em saia justa os governistas da Comissão Mista de Inquérito sobre as invasões de 8 de janeiro.
O depoente Saulo Moura da Cunha, oficial de inteligência da Abin, expôs os relatórios com que a agência alertava o governo para o risco de invasão, evitando porém se comprometer.
A senadora brasiliense então perguntou se foi a omissão do governo que permitiu a invasão. Saulo limitou-se a dizer que “bem, a invasão ocorreu, não?”. Damares abriu um sorriso de orelha a orelha, para dizer que era o que pretendia saber.