O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou, durante depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ter comprado o medicamento sem eficácia comprovada Hidroxicloroquina. “Eu não fiz, não faria e não deixaria fazer”. Ainda assim, Pazuello afirmou que, tudo que o governo pedia para ser distribuído, ele distribuía.
Ele ainda se distanciou da opinião do presidente Bolsonaro sobre distanciamento social e uso de máscaras, afirmando que as falas “dele e de outros ministros deles, é juízo de valor deles”.
Amazonas
Em outro momento, o ex-ministro relembrou uma reunião interministerial que teve com o governador do Amazonas, Wilson Lima, no início do ano. Segundo ele, o tema do encontro foi a iminente falta de oxigênio que o estado vivia.
Pazuello ainda disse que Bolsonaro participou da reunião e que, naquele dia, ficou decidido que o governo federal não iria intervir na situação. “A argumentação em tese é de que o estado [do Amazonas] tinha condição de continuar fazendo a resposta dele. Agora, os detalhes da argumentação daquela época eu não tenho exatamente aqui.”
Futuro
Mais cedo, Pazuello ainda declarou que não tem a intenção de ingressar na vida política. “Eu não tenho a coragem de entrar numa bola dividida de senado e governador do Amazonas. É muito sério isso daí. Ser governador é um caminho que deve ser construído com uma experiência politica, e eu não a tenho e não faria esse movimento de uma forma arriscada”, disse o ex-ministro.
“Eu não sou candidato. Isso dai é um movimento que não partiu de mim e foi colocado na rede social”, prosseguiu.