O presidente dos EUA, Donald Trump jogava golfe no Trump National Golf Club em 7 de novembro de 2020 em Sterling, Virginia, quando soube da derrota na corrida para a presidência. Trump entra para a seleta lista de presidentes americanos que não conseguiram se reeleger, se juntando a Jmmy Carter e George H.W. Bush.
Trump buscou ansiosamente um segundo mandato. Em meio à pandemia de coronavírus que assola o país, ele fez uma campanha frenética por comícios em massa de um estado a outro e assinou os 150 milhões de cheques enviados aos americanos como parte do plano de ajuda econômica para enfrentar a crise de saúde.
“Há uma razão pela qual é incomum que presidentes em exercício sejam derrotados. Eles têm a habilidade de usar o púlpito em sua vantagem; eles podem mudar a narrativa”, disse Matt Dallek, historiador político da Universidade George Washington.
“Eles têm todos os benefícios da Casa Branca: o poder do cargo, o Salão Oval, o avião do Força Aérea Um são símbolos poderosos à sua disposição”, acrescentou.
Para Trump, o primeiro presidente a nunca ter ocupado um cargo eletivo ou uma posição de liderança militar antes, a posse e o selo presidencial que acompanha todas as suas aparições públicas ajudaram a normalizar um magnata mais conhecido pelos americanos como uma celebridade da televisão.
Trump é o primeiro presidente dos EUA a nunca conseguir 50% de aprovação nas pesquisas do Gallup. Ele obteve ampla oposição por sua forma de lidar com a pandemia, sua retórica incendiária e seus escândalos pessoais.
Vê-lo como presidente tornou-se menos incomum após quatro anos. Os presidentes dos Estados Unidos gozam de grande autonomia na diplomacia e Trump, como seus antecessores, não hesitou em aparecer diante das câmeras com líderes estrangeiros na Casa Branca, ainda em setembro, quando os Emirados Árabes Unidos e Bahrein concordaram em reconhecer Israel.
Agence France-Presse