Pedro Marra e Petronilo Oliveira
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O jogo de volta da final do Candangão 2020 Gama x Brasiliense ocorre amanhã às 16h, no Estádio Bezerrão. As duas equipes chegam com climas diferentes para esta decisão. O Gama, com seis meses de salários atrasados, perdeu a invencibilidade de 14 vitórias e um empate no torneio para o arquirrival na última quarta-feira. A derrota de 3 x 1, no Estádio Mané Garrincha, pelo primeiro jogo da final deu confiança para o Jacaré ganhar o décimo Candangão de sua história.
Destaque do Brasiliense no jogo de ida, ao participar dos três gols do time, o meia Marcos Aurélio conversou com a reportagem sobre a partida. Ele demonstrou ânimo no elenco para a conquista do Candangão na casa do arquirrival.
“O clima está bom. A gente sabe que não ganhou nada. E sabemos que clássico é definido em detalhes. Conseguimos um resultado muito importante no primeiro jogo. O foco agora é tentar repetir essa mesma atuação do jogo passado. É um título importante para a carreira de todos os atletas profissionais. Acho que a grande intenção é você chegar [em um clube] e conquistar títulos”, declara o meia do time amarelo.
Perguntado sobre enfrentar um Gama com salários atrasados, Marcos Aurélio relevou a situação extracampo do adversário. “Na hora do jogo eu não pensaria em dinheiro, porque em clássico ninguém gosta de perder. Se você ganha um clássico, o reconhecimento vem. Todos pensam em ganhar o clássico, e não o dinheiro”, opina.
“Não é impossível de reverter”, diz Vilson Taddei
Ao Jornal de Brasília, o técnico do Gama, Vilson Taddei, acredita que a final ainda não está decidida. “Entendo que é difícil, mas não impossível de reverter [o placar]. Vamos trabalhar nesse sentido”, declarou o treinador da equipe.
Em 2019, Taddei levou o título do Candangão com o time. Neste ano, mesmo com os salários de todos os profissionais do clube ainda em atraso, ele espera que a experiência de jogadores como o capitão Emerson e o atacante Nunes, artilheiro do campeonato com 10 gols, façam a diferença.
A presidente do Brasiliense, Luiza Estevão, foi questionada pela reportagem se, após a vitória na primeira partida, o time está com uma mão na taça, a presidente do Brasiliense, Luiza Estevão, se rechaçou a afirmação.
“Ninguém falou que está com uma mão na taça. Temos confiança no nosso time para levantar essa taça na volta da final. Mas para que isso ocorra, continuamos trabalhando e entrando para o jogo com seriedade”, afirma.
Caso consiga reverter o placar de 3 x 1 amanhã, no Estádio Bezerrão, o Gama irá conquistar o 13º título de sua história. No lado do Jacaré, a expectativa pelo décimo Candangão é grande, mas o foco é maior. Pelo menos é o que diz um dos goleadores do time no campeonato, Romarinho, com cinco gols marcados nesta edição do torneio local.
“O clima está tranquilo e sadio. Fizemos uma vantagem, mas nem por isso vamos nos acomodar. Vamos jogar da mesma forma, respeitando o adversário. É um clássico, e o foco é sempre ser campeão”, comenta o jogador, que foi artilheiro da edição de 2017, quando fez 13 gols pelo Ceilândia.