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Voltemos aos hifens

Vamos a algumas dicas

Redação Jornal de Brasília

02/07/2019 10h25

Voltemos aos hifens

Voltemos aos hifens

Sempre, volta e meia, surgem mais pessoas perguntando e pedindo para falar, de novo, sobre algumas situações dos hifens (ou hífenes, conhecia essa forma do plural da palavra?). Então vamos reforçar algumas ideias do uso desse chamado sinal diacrítico.

Regras básicas: não esqueça

Duas situações vão exigir hífen na construção de palavras com prefixos e que devemos ter em mente logo de primeira: Quando há uma composição com palavra que comece com h, devemos usar o traço de união (outro nome para o hífen). Como exemplos, tempos “anti-higiênico”, “sobre-humano” e outras.

Mais uma regra geral é que os prefixos que se unem com palavras que comecem com a mesma letra com a que eles terminam também levam hífen. Seja ela vogal ou consoante. Veja só: “micro-ondas”, “anti-inflamatório”, “super-radical”, “sub-bloco”. Mas conte com as exceções para animar: “co-“ e “re-“ vão sempre se unir à palavra: “coordenar”, “reeleição”, “correligionário”, e por aí vai.

Prefixos para gravar

Também há alguns prefixos que sempre vão pedir um hífen para se unirem à palavra. Esses, não tem jeito, temos que ter sempre na memória. Vamos à lista já com uma palavra exemplificando: “além-túmulo”, “aquém-mar”, “ex-síndico”, “recém-formado”, “vice-reitor”. Na lista completa você tem alguns prefixos que não são muito usados, mas é bom conhecer: ântero-, êxtero-, ínfero-, póstero-, sota-, soto-, súpero-.

Outros dessa lista exigem um pouco mais de cuidado. No caso de sem-, pós-, pré- e pró-, é bom reparar bem o contexto e o tipo da palavra. Digo isso porque há palavras como sem-terra que exigem verificação. Os “sem-terra” são os cidadãos que vivem nessa condição. Mas numa frase como: “Eles perderam tudo e ficaram sem casa e até sem terra”, é diferente. Já para os outros prefixos restantes, em alguns casos, eles se unem e formam uma só palavra, como “preexistente”, “pronome” ou “posfácio”. Portanto, consulte, se precisar.

Casos especiais

Para as situações a seguir, eu uso uma sigla que chamo de PAC, para me lembrar as palavras plantas, animais e cores. Quando fazemos um substantivo composto que caracterizam esse tipo de vocábulo, sempre devemos utilizar o tracinho: “copo-de-leite” (a flor, logicamente), “lobo-guará” “rosa-shocking”. Acrescentem-se a isso as palavras em tupi-guarani, como “anajá-mirim”.

Também coloque sempre o traço de união quando escrever palavras que dão uma noção de onomatopeia, lembra o que é isso? Aqueles vocábulos que nos mostram o som de alguma coisa. Portanto, agora (e esse foi um item que mudou no último Acordo Ortográfico) deve-se escrever zum-zum-zum, ti-ti-ti, blá-blá-blá, mi-mi-mi e alguns outros que repetem a mesma sílaba na hora de grafar. Por fim, para incluir na lista do “tenha sempre em mente”, as palavras que se unem a “não” e “quase” não recebem mais o sinal, como: “não governamental” e “quase morte”.

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