{"id":2459823,"date":"2023-04-17T10:40:44","date_gmt":"2023-04-17T13:40:44","guid":{"rendered":"https:\/\/jornaldebrasilia.com.br\/?p=2459823"},"modified":"2023-04-17T11:26:32","modified_gmt":"2023-04-17T14:26:32","slug":"mirandinha-o-primeiro-da-dinastia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/jornaldebrasilia.com.br\/blogs-e-colunas\/historias-da-bola\/mirandinha-o-primeiro-da-dinastia\/","title":{"rendered":"Mirandinha, o primeiro da dinastia"},"content":{"rendered":"\n<p>Francisco Ernandi Lima da Silva, palmeirense de 1986\/87, e de 1989\/90, e corintiano, em 1991. Tamb\u00e9m, o primeiro brasileiro a jogar no futebol ingl\u00eas, no Newcastle-1987\/88, al\u00e9m de ter tido incurs\u00f5es pelo Sporting, de Portugal e por dois clubes japoneses. Mais? Quinze jogos e 10 gols pela sele\u00e7\u00e3o brasileira ol\u00edmpica e quatros jogos e um tento pela sele\u00e7\u00e3o principal; Isa\u00edlton Ferreira da Silva, corintiano, de 1996 a 1999.<\/p><div class=\"pub_interna\"><script src=\"\/\/api.grumft.com\/gt\/ZONA_IAB_300x250_2\/ed3254b23ac0085624ac008a57707228.js\"><\/script><\/div>\n\n\n\n<p>Estes dois atacantes \u2013 o primeiro, cearense, o segundo, pernambucano &#8211; marcaram muitos gols e ganharam o mesmo apelido por conta de um xar\u00e1 que os precedera no mesmo Corinthians. Vejamos a hist\u00f3ria de Mirandinha I.<\/p>\n\n\n\n<p>Levante, menino! Homem que \u00e9 homem n\u00e3o fica at\u00e9 as oito horas na cama. Jogador, pra aprender as coisas da bola, precisa treinar muito\u201d \u2013 falava, diariamente, e muito cedo, o Seu Sebasti\u00e3o Miranda da Silva, chamando o filho pra ensinar-lhe a cabecear, chutar, etc, em um terreno baldio de S\u00e3 Jos\u00e9 do Rio Preto \u2013 o sonho do homem era ver o filho artilheiro de um grande clube, ganhando a fama e o dinheiro que ele n\u00e3o ganhara como lateral-direito, com o apelido de \u201cMagia\u201d, dispensado do S\u00e3o Paulo por ser baixinho. L\u00e1 pelas tantas, jogando bola, \u201cna v\u00e1rzea\u201d, como os paulista se referiam aos campos de futebol, o garoto que os amigos o chamavam por Mirandinha \u2013 Sebasti\u00e3o Miranda da Silva Filho \u2013 foi visto por Oswaldo Bertolino, treinador dos aspirantes do Am\u00e9rica, de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto, que o considerou um atacante abusado. E o convidou para se incorporar \u00e0 sua patota. Convite aceito, lan\u00e7ou-o em seu ataque, sem dar-lhe nenhum treino &#8211; come\u00e7ava, por ali, a saga de Mirandinha.<\/p>\n\n\n\n<p>Era 1968 e, logo, o garoto tornou-se o artilheiro do Am\u00e9rica-SJRP. Repetiu a dose, em 1969 e, em 1970, foi o principal goleador do Campeonato Brasileiro de Juvenis, disputado em Santo Andr\u00e9-SP. Motivo para o grande Corinthians, como sonhava o seu pai, pagar Cr$ 100 mil cruzeiros pelo passe do filho, uma boa grana no cofre de um clube de interior. De sua parte, Mirandinha mostrou-se investimento satisfat\u00f3ria, terminando o Campeonato Paulista-1971 com 17 gols marcados, um a menos do que o principal \u201cmatador\u201d, o C\u00e9sar Maluco Lemos, do Palmeiras. No Brasileir\u00e3o, repetiu a vice-artilharia, com 11 tentos, quatro a menos do que Dario, do Atl\u00e9tico-MG e que atuara mais vezes.<\/p>\n\n\n\n<p>O sucesso, ent\u00e3o, bateu na casa dos Miranda da Silva, quando o Mirandinha contava 19 de idade, jogando por um verdadeiro grande time &#8211; Ado; Z\u00e9 Maria Baldochi, Lu\u00eds Carlos Gualter e Pedrinho Nepomuceno; Ti\u00e3o (Sebasti\u00e3o Carmo Silva), Suingue e Rivellino; Ca\u00edto, Mirandinha e Aladim. Um dia, o Seu Sebasti\u00e3o, ao qual o Mirandinha era muito ligado, deixou de existir. Fora como se uma bomba tivesse explodido nos p\u00e9s e na cabe\u00e7a do filho. Transtornado pela grande perda, o futebol de Mirandinha piorou, parecendo que ele havia se esquecido de tudo o que aprendera. Virou sin\u00f4nimo de jogador &#8220;lebr\u00e9ia&#8221;, principalmente, por conta de tantos gols perdidos. Assim, ap\u00f3s 162 jogos e 50 gols com a camisas corintianas, ele foi negociado com o S\u00e3o Paulo FC, em 1973.<\/p>\n\n\n\n<p>Pelo time tricolor do Morumbi, o ent\u00e3o \u201cex-goleador\u201d Mirandinha retomou o seu status de grande \u201cmatador\u201d, com o treinador Oswaldo Brand\u00e3o. Se Aimor\u00e9 Moreira o havia recebido, no Corinthians, vendo-o centroavante veloz, chutando forte, com os dois p\u00e9s e sabendo se desmarcar, com facilidade. S\u00f3 o via devendo no quesito habilidade. Na nova casa, aos 21 \u2013 nasceu em 26.02.1952, em Bebedouro-SP-, ele retomou a boa forma e n\u00e3o demorou a conquistar a torcida s\u00e3o-paulina, marcando 12 gols, em 20 jogos.<\/p>\n\n\n\n<p>Tudo ia bem para o Mirandinha, que chegara \u00e0 Sele\u00e7\u00e3o Brasileira &#8211; por sete partidas &#8211; quatro delas pela Copa do Mundo da ent\u00e3o Alemanha Ocidental \u2013 18.06.1974 \u2013 Brasil 0 x 0 Esc\u00f3cia; 22.06.1974 \u2013 Brasil 3 x 0 Zaire; 03.07.1974 &#8211; Brasil 0 x 2 Holanda; 06.07.1974 \u2013 Brasil 0 x 1 Pol\u00f4nia. At\u00e9 que pintou o dia 24 de novembro de 1974 em sua vida (foto do arquivo do Jornal de Bras\u00edlia). Ele havia aberto o placar de S\u00e3o Paulo 3 x 0 Am\u00e9rica de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto, quando, durante choque com o zagueiro Baldini, saiu de campo com a perna esquerda fraturada. Passou por sete cirurgias e s\u00f3 voltou aos gramados tr\u00eas temporadas depois, sem jogar o mesmo futebol. Nesse tempo, o seu reserva, Serginho Chupala (S\u00e9rgio Bernardino) aconteceu &#8211; tornou-se o maior goleador da hist\u00f3ria do S\u00e3o Paulo: 243 gols, em 401 partidas, entre 1973 a 1982.<\/p><div class=\"pub_interna\"><script src=\"\/\/api.grumft.com\/gt\/ZONA_IAB_300x250_3\/ed3254b23ac0085624ac008a57707228.js\"><\/script><\/div>\n\n\n\n<p>Como n\u00e3o dava mais para mant\u00ea-lo em seu grupo, pelo qual disputara 93 pr\u00e9lios e marcara 43 gols -, S\u00e3o Paulo livrou-se de Mirandinha, em 1977, emprestando-o ao Tampa Bay, dos Estados Unidos, pois o substituto Serginho Chulapa vinha arrebentado. Depois, passou pelo Memphis Rogue e o mexicano Tigres, para voltar ao Brasil e defender o Atl\u00e9tico Goianiense, em 1981. J\u00e1 era um \u201ccigano\u201d quando chegou ao Taubat\u00e9-SP, em 1982, e ao ABC- RN, em 1983. <\/p>\n\n\n\n<p>Naquela mesma temporada, Mirandinha veio para o pobret\u00e3oz\u00e9rrrimo Clube de Regatas Guar\u00e1 do desprestigiad\u00edssimo futebol candango. Parecia o seu fim de linha. Mas ele ainda teve f\u00f4lego para vestir mais as camisas do Douradense-MT (1983); Uni\u00e3o Mogi-SP, Saad e Independente de Limeira, todos paulistas, em 1984, e Pinhalense-SP, em 1985.<\/p>\n\n\n\n<p>Quando jogou pelo Guar\u00e1, de cidade sat\u00e9lite de Bras\u00edlia, Mirandinha contou que, ao sair do Brasil e passar por Estados Unidos e M\u00e9xico, ao anunciar \u00e0 fam\u00edlia que iria jogar em Goi\u00e1s, um filho o indagou:<\/p><div class=\"pub_interna\"><script src=\"\/\/api.grumft.com\/gt\/ZONA_IAB_300x250_4\/ed3254b23ac0085624ac008a57707228.js\"><\/script><\/div>\n\n\n\n<p>Pai! Que l\u00edngua a gente vai falar, por l\u00e1?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>Atacante inspirou dois outros goleadores<\/p>\n","protected":false},"author":379,"featured_media":2459827,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"inline_featured_image":false,"footnotes":""},"categories":[531],"tags":[8846,225,416838,362],"acf":[],"yoast_head":"<!-- This site is optimized with the Yoast SEO Premium plugin v22.4 (Yoast SEO v22.4) - https:\/\/yoast.com\/wordpress\/plugins\/seo\/ -->\n<title>Mirandinha, o primeiro da dinastia<\/title>\n<meta name=\"description\" content=\"Atacante inspirou dois outros goleadores\" \/>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/jornaldebrasilia.com.br\/blogs-e-colunas\/historias-da-bola\/mirandinha-o-primeiro-da-dinastia\/\" \/>\n<meta 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