Marcelo Moura
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Em um futuro sombrio, devastado e desumano, na fictícia cidade de Mega City Um – uma espécie de Nova York apocalíptica, com nada menos que 800 milhões de habitantes –, a polícia e o poder Judiciário se fundiram, de modo que os criminosos são investigados, autuados, julgados e até mesmo executados no ato da infração. Esse é o cenário criado por John Wagner e Carlos Ezquerra para os quadrinhos para Judge Dredd, personagem nascido em 1977 e cultuado nos anos 1990.
Como tantas outras figuras oriundas das HQs, Dredd foi para os cinemas. E esta versão – dirigida por Peter Travis, com Karl Urban no papel principal –, suja, escura e com várias cenas de violência em câmera lenta, em nada lembra a estrelada por Sylvester Stallone, de 1995, limpa, colorida e com cenas em que protagonista comete o disparate de tirar o capacete. Algo impensável para Dredd.
No novo filme, de 2012, Joe Dredd (Urban) é o mais temido dos juízes de Mega City One. Ele enfrenta a bandida Madeline Madrigal (Lena Headey), conhecida como Ma-Ma, líder da gangue que controla um supercondomínio de 200 andares chamado Peach Tree City Block. Para completar, ele é encarregado de treinar uma candidata a juíza com poderes paranormais (Olivia Thirlby). Com orçamento relativamente modesto, Dredd é uma boa opção de filme de ação para o feriado.