Uma assombração safada em Sem atividade paranormal

O diretor Oren Peli descobriu uma mina de ouro em 2007, quando estreou o primeiro Atividade Paranormal. O filme de terror independente foi um sucesso de bilheteria. A repercussão chamou a atenção também de quem gosta de comédia. Foi lançado, então, Inatividade Paranormal. A paródia inclusive ganhou uma continuação este ano.

 

Outro título que bebe da mesma fonte é Sem Atividade Paranormal. O longa-metragem, dirigido por Roger Roth, se inspira no original para criar a premissa: um jovem casal se muda para uma casa e é atormentado por alguma força desconhecida. A principal característica da franquia, contudo, é abandonada. As filmagens amadoras, que teoricamente seriam reais, não aparecem durante todo o tempo.

 

Na trama, um rapaz decide fazer um filme pornô com a namorada, mas existe um demônio que persegue a garota. E não é uma entidade qualquer, é uma força sobrenatural que lhe provoca constantes orgasmos durante a noite. Disposto a ter uma noite com a namorada, o protagonista chama uma equipe para filmar tudo o que acontece na casa. E isso é o que justifica uma série de situações surreais, que incluem festas com pessoas bizarras.

 

Abusando da sensualidade, o filme faz mais piadas de conteúdo sexual do que com o suspense ou terror que o roteiro poderia trazer. Começa bem, com algumas sequências que seguem uma linha de humor pastelão. O problema acontece com o passar dos minutos. Enfraquecida, a história não consegue sustentar a comédia e cai de vez no besteirol sem inspiração. Pode agradar o público mais novo, que vê graça em nudez e chacotas de duplo sentido.